terça-feira, 25 de julho de 2023

Com Ação de Estagiária e Concordância da Prefeitura Professores de Chapadinha Têm Direitos Ameaçados


 

Em meados de 2009, durante o governo do ex-prefeita Danúbia, a lei que instituiu o plano de Cargos, Carreira e Remuneração dos Servidores do Município de Chapadinha trouxe avanços em direitos para os professores.  

Entre esses direitos tivemos uma regra que concede redução da jornada de trabalho do professor que atingir 50 anos de idade e possuir, no mínimo, 20 anos de efetivo exercício no Magistério.

Tal direito nem sempre agradou os prefeitos que vieram depois de Danúbia e a atual prefeita Belezinha nunca escondeu ser contra o benefício, mas tudo estava no campo do debate e da opinião, até este ano quando o benefício passou a ser questionado na justiça numa trama confusa e misteriosa que se inicia por uma estudante de direito que sequer conhece Chapadinha, pelo silêncio absoluto da câmara municipal e pela manifestação oficial da prefeitura afirmando que o direito dos professores produz enormes gastos aos município.

O Art. 58 da Lei nº. 1099/2009, assegura o direito, está sendo questionada junto ao Tribunal de Justiça do Maranhão por Ação Direta de Inconstitucionalidade que teve início por uma representação de Amanda Azevedo Oliveira, uma jovem de 23 anos, que nunca veio a Chapadinha. Sem deixar claro o motivo de ser contra o benefício dos professores de Chapadinha e nem como teve conhecimento da Lei que pretende anular, Amanda é uma personagem central do ataque ao direito dos servidores.

Representação da Estagiária Amanda


Após a representação de Amanda o ministério público resolveu pedir o cancelamento do benefício, e no curso do processo o TJMA pediu a manifestação da Câmara de Vereadores e da prefeitura Municipal a respeito do tema.  

A Câmara de Chapadinha não quis defender a lei aprovada por ela anteriormente e nada se pronunciou após aciona pela justiça.

Recorte com a Posição da Prefeitura


Já a prefeitura se pronunciou alegando que o direito dos professores implica despesas a mais. “De fato, devido a situação relatada na ADI, e pela concessão da redução da jornada de trabalho a 70 (setenta) professores, o município vem desembolsando valores a mais para suprir a demanda em decorrência da concessão da redução de jornada de trabalho. Entretanto, conforme relatado, o município tem concedido a redução, pois, até o momento, não existe qualquer impedimento ou determinação em contrário, não cabendo a esse ente decidir a respeito da inconstitucionalidade da norma”, respondeu a prefeitura em documento assinado pelo Procurador do Município, Vitor Menezes de Souza, que é sobrinho da prefeita Belezinha.

De acordo com informações a Amanda Azevedo, era estagiária de um escritório jurídico que tinha relações com Belezinha ou com a prefeitura e que atualmente ela seria estagiária do Tribunal de Justiça do Maranhão.

Descobrimos o contato telefônico de Amanda Azevedo e da mãe dela. Tentamos contato primeiro com Amanda que não respondeu. Depois acionamos a mãe da estagiária que igualmente nada respondeu.

Atualmente são 70 os professores beneficiados pela lei e há 30 requerendo o direito. Mas como até este momento – sem ouvir os professores de Chapadinha – o Ministério Público Estadual tem opinado pelo cancelamento do direito para todos os servidores de Chapadinha, o processo segue para a decisão dos desembargadores maranhenses.  

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