Enquanto anunciava o incremento de vazão do abastecimento de água de Chapadinha na ordem de 40 metros cúbicos por hora, passando dos atuais 190 para 230 metros cúbicos, o que proporcionaria a resolução de grande parte dos problemas de abastecimento na Rua do Matadouro, Rua do Comércio, Rua do Oeste, Travessa João Lopes, Travessa Machado da Ponte e da Travessa Saraiva com a execução de interligações em anéis da rede de distribuição e, divulgava um estudo técnico para solucionar problemas apresentados em várias ruas do bairro das Terras Duras, o Gerente de Negócios da CAEMA, Roberval Soares Lima (foto) tinha o cargo ameaçado por personalidades políticas locais.
Uma articulação capitaneada pelo ex-deputado Vagner Pessoa, com apoio do deputado Paulo Neto e do ex-senador Chiquinho Escórcio pretenderia substituir o técnico Roberval Lima da Gerência local da CAEMA e colocar uma pessoa mais afinada com o projeto político do grupo.
Entre os possíveis substitutos figuram pessoas que já passaram pelo órgão como Ziza Trajano, funcionário aposentado da CAEMA e o químico Jonas Garreto, ex-gerente da instituição no governo Jackson Lago por indicação de Paulo Neto. Além da Gerência, cargos de chefias intermediárias também seriam alvos da cobiça dos políticos.
Água e Votos
A Companhia de Águas e Esgotos do Maranhão, como o próprio nome indica, trata de bens vitais para a população, mas também é uma dessas estatais perfeitas para quem deseja transformá-la em máquina eleitoral. Uma conta de água dispensada, um emprego para um cabo eleitoral, além das verbas que recebe, faz dos escritórios regionais da CAEMA um verdadeiro “filé” na politicagem.
Caminhão de Motivos
Segundo fonte da CAEMA, além da eventual utilização eleitoral, um fato recente aumentou insatisfação contra o atual comando a autarquia. Um familiar de um pré-candidato teria solicitado apoio de um caminhão da empresa para transportar eleitores que fariam claque em evento com a participação da governadora Roseana Sarney. A recusa da “sugestão” foi recebida como desfeita e culminou com os atuais dirigentes ganhando novos e poderosos inimigos.
Política Calça-Curta
A troca de pessoas que realizam trabalho correto por pessoas subservientes não é nenhuma novidade em Chapadinha e talvez seja um cacoete comum a todos os grupos políticos - uns mais, outros nem tanto. A história do município é permeada de exemplos. Antes da exigência do concurso, delegados de polícia eram indicados com dois critérios básicos em seus currículos: obediência cega ao chefe político e a truculência oferecida aos opositores destes. Mais recentemente cita-se uma atrapalhada gestão indicada para a área da educação que avançou até nas caixas escolares deixando um rastro de irregularidades na pasta. Será este o caminho das águas e esgotos de Chapadinha?
Foto: Souza Neto
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