Mais uma vez setores da oposição ligados ao ex-prefeito Isaías estão confundindo a opinião pública no tocante á relação de alguns veículos de comunicação com o poder local.
Usando os mesmos adjetivos de sempre (bajuladores, outrora pagos pra esconder a verdade, etc.), insinuam que qualquer crítica aos governantes seria cobrança de pagamentos atrasados ou outras demandas mesquinhas.
Os que mantêm dialogo e publicam declarações dos gestores acabam responsabilizados por elas, tais declarações ou por suas inconsistências. Grosso modo e do alto do papel de atacar tudo que vem do governo, sem nada de bom reconhecer, é como se a gestão objeto da crítica – razoável ou não – tivesse alijado o direito de defesa e de voz.
É, de fato recurso tão antigo quanto inútil, se arvorar de independente quando todos notam que certos “imparciais” de plantão estão proibidos (ou resolvidos) a não produzir qualquer reparo contra determinada ala política. Isso salta aos olhos. Tais pessoas ainda tentam desqualificar quem mesmo tendo relação comercial com o governo ousa levantar problemas legítimos.
Acho, por tudo que tenho visto, que o governo municipal e o grupo político de Magno Bacelar não passam por seus melhores dias. A respeito disso, ponto a ponto, assim como os primeiros lances da futura eleição de 2012, tratarei no dia-a-dia do blog.
O sonho de uma imprensa isenta de pressões e cooptações de grupos políticos (seja de oposição ou de governo – vejamos o exemplo da última eleição presidencial) é algo difícil até em nível nacional, quanto mais em uma cidade do tamanho de Chapadinha.
Pra medir isso é só especular quantos empresários estariam dispostos a financiar determinado veículo que ao mesmo tempo criticasse, ainda que de forma justa, os grupos de Magno e Isaías e mesmo uma pretensa terceira via. Eis um bom tema para jornalistas e sociedade em geral.
Chamo aquele tipo de imprensa a qual falei acima de “jornalismo martelo”, pois tudo que ver é prego e tem que bater. O problema é que bater um prego – os carpinteiros sabem bem disso – tem uma função prática; que no caso deles talvez fosse cerrar o caixão do inimigo político.
Ora, a lógica seria reforçar a crítica explorando a divisão adversária e não procurar desmerecer quem pode vir a adotar posição mais próxima a deles. Mas o martelo neófito tem batido pra fechar portas de consenso ou, no desvario de remoer mágoas passadas, tem servido pra machucar-lhes os próprios dedos na falta de objetividade.
Um comentário:
Realmente, a política e a mídia de Chapadinha acabam reduzindo-se, muitas vezes, a um bate-bate vazio de lados que não apresentam projeto ou visão efetiva de desenvolvimento para Chapadinha.
Também já fui criticado por não realizar um ataque forte ao governo municipal e, por sua vez, já fui taxado de radical por setores a ele ligados por manifestar minha visão acerca dos acontecimentos e dos pontos que vejo deficitários a administração pública municipal.
Na verdade, não estamos aqui para agradar a todo mundo.
Mas o fato é que quem quera chegar ao poder em Chapadinha não pode achar que somente batendo-batendo é que chegará lá.
Precisa conquistar pelo menos o segundo escalão de lideranças seja de um lado político, seja do outro. É assim que se chega lá. Já o que observo é que as diversas tentativas empreendidas atacam tanto o primeiro quanto o segundo escalão. Considero isso inapropriado e sem efeito.
Em outras palavras, as lideranças que hoje fazem parte de um determinado grupo político não devem ser colocadas dentro de um mesmo "balaio". Devem sim, ser cativadas de maneira a que venham a aderir a uma nova proposta de projeto político para nossa cidade.
É isso!
por: Jânio Rocha Ayres Teles
Postar um comentário