Por: Almir Moreira – Advogado
Em pleno reinado de momo súdito fiel Jota Coutinho abandona a festa da carne repentinamente, sem aviso prévio. Desenvolto como era sua voz partiu. Seu coração guerreiro de tantas lutas sucumbiu. Sua coragem e bravura para viver por si e por nós não puderam mais contar com seu coração valente. Ele não mais suportou o fado da vida. Abandona também sua querida Mirante a emissora que ajudou a construir construindo-se num misto de autêntica cumplicidade. Tira uma lasca das ondas do rádio, não mais ouviremos sua voz de trovão, contundente e visceral na defesa de nossa sociedade e da liberdade, mesmo em que alguns instantes tenha sido injusta como injusta são algumas atitudes de todos nós, pois a perfeição não nos pertence. Deixa para sempre seus entes mais íntimos lhes estraçalhando de dor; dor que torna a nossa como um cisco no oceano.
Venceu na vida se destacou entre nós, eclético e autodidata navegava no mundo do conhecimento com desenvoltura opinando de forma abalizada sobre os mais variados assuntos. No seu ideário o individualismo não campeava, nem tampouco o aviltamento moral. Homem bom e humilde jamais perdeu a ternura mesmo nos momentos de maior luta, que o diga seu exemplo de vida social e familiar, neste na proximidade exacerbada no trato com seus queridos: Pedro Bruno, Lucila, Enei, Maria de Jesus, Daniel Souza e seu fiel amigo José Filho, por exemplo.
Coutinho não desejava ser idolatrado, não queria ser mais do que ninguém, queria sim, respeito! Sua grandeza residiu na luta e no sacrifício pelos ideais de uma sociedade justa e fraterna.
Coutinho, como já disse um estadista ao anunciar sua morte, “saí da vida para entrar na história da Chapada”.
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