Por: William Fernandes
Bom gente, hoje resolvi prosear um pouquinho, fazendo um comparativo do hoje com o ontem, que poucos lembram. Vamos falar de carnaval e asfalto.
O carnaval de Chapadinha é, hoje, um dos mais famosos e concorridos do Maranhão. Mas muitos ainda teimam em dizer que antigamente é que era bom. Sim, era bom, perante a inocência de quem não conhecia quase nada lá fora.
O carnaval de hoje, incluindo as atrações dos blocos, conta com 17 grandes bandas. Nem mesmo a menos conhecida é tão desconhecida quanto as que vinham para os carnavais de outrora em nossa cidade.
Voltemos ao número de bandas. Este ano são 17 de fora (e não são bandas quaisquer: Chicabana, Capim Cubano, Sacode, Capilé, Sambauê, etc.), além de seis bandas locais, perfazendo um total de 23 atrações, entre o palco e os trios elétricos dos dois principais blocos da cidade. Antes, a prefeitura, que começou a realizar o carnaval de rua apenas com a radiola do Castelo do Som (a saudosa Máquina Pesada), contratava apenas uma banda por temporada. Isso mesmo! Só uma banda. E à meia-noite ela tinha que parar, para que o carnaval do Aldeota (onde só entrava quem tinha grana) pudesse começar.
O carnaval de rua era realizado na Avenida José Caetano, ao lado da Praça Coronel Luis Vieira. Três mil pessoas eram o suficiente para deixar a avenida e a praça lotadas. E quando a folia de Momo terminava, a praça estava um caco. As plantas morriam e o mau-cheiro de mijo ficava impregnado na atmosfera da praça por mais de uma semana.
Dando uma olhadinha em meu rico acervo de imagens sobre eventos realizados em Chapadinha, encontrei o carnaval e 1999, o penúltimo da era Isaías Fortes.
O palco era apenas um pequeno tablado de madeira, coberto com uma lona, erguido na frente do antigo Armazém Progresso, próximo ao Chapadinhense Hotel, na Avenida José Caetano.
A única banda do carnaval era a "famosa" Cara do Brasil, de Juazeiro do Norte-CE, trazida por indicação de um delegado cearense, que atuava na cidade à época. Teve gente dizendo: "Éguas, esse ano o 'hómi' trouxe foi uma banda do Ceará! Esse 'Zazá' é porreta "mermo'!".
E põe porreta nisso. Tanto, que ele mandou até ajeitar a avenida com água (isso mesmo, água) para evitar que os foliões tivessem problemas respiratórios.
Como todos (ou melhor, quase todos) sabem, Isaías mandou na cidade - incluindo o mandato de Osvaldo Lobo, eleito por ele - durante 12 anos seguidos e não teve a coragem de colocar 1cm² de asfalto nas ruas de Chapadinha.
Era dia de abertura do carnaval de 1999. Um produtor de vídeo, que foi contratado junto com a banda, começou a fazer a reportagem: "Taí, essa bonita avenida, que hoje o prefeito já vem mandando trazer a água, para que não possamos ter 'vaporização de poeira'. " E estava lá, a avenida onde o povo iria brincar o carnaval, toda enlameada. Tinha só uns pedaços de asfalto, da década de 70, com o calçamento à mostra e a poeira doida subir.
Pois é gente. Antes, esse negócio de asfalto não tava com nada. O negócio era botar água na avenida e tava tudo bem, afinal, era o homem de "bom coração" que tava fazendo pelo seu povo querido.
E viva o carnaval do passado, com apenas uma banda, água no asfalto e caldo de mocotó! Êpa! Caldo de mocotó? Ah, essa eu conto depois, em outra postagem.
Bom gente, hoje resolvi prosear um pouquinho, fazendo um comparativo do hoje com o ontem, que poucos lembram. Vamos falar de carnaval e asfalto.
O carnaval de Chapadinha é, hoje, um dos mais famosos e concorridos do Maranhão. Mas muitos ainda teimam em dizer que antigamente é que era bom. Sim, era bom, perante a inocência de quem não conhecia quase nada lá fora.
O carnaval de hoje, incluindo as atrações dos blocos, conta com 17 grandes bandas. Nem mesmo a menos conhecida é tão desconhecida quanto as que vinham para os carnavais de outrora em nossa cidade.
Voltemos ao número de bandas. Este ano são 17 de fora (e não são bandas quaisquer: Chicabana, Capim Cubano, Sacode, Capilé, Sambauê, etc.), além de seis bandas locais, perfazendo um total de 23 atrações, entre o palco e os trios elétricos dos dois principais blocos da cidade. Antes, a prefeitura, que começou a realizar o carnaval de rua apenas com a radiola do Castelo do Som (a saudosa Máquina Pesada), contratava apenas uma banda por temporada. Isso mesmo! Só uma banda. E à meia-noite ela tinha que parar, para que o carnaval do Aldeota (onde só entrava quem tinha grana) pudesse começar.
O carnaval de rua era realizado na Avenida José Caetano, ao lado da Praça Coronel Luis Vieira. Três mil pessoas eram o suficiente para deixar a avenida e a praça lotadas. E quando a folia de Momo terminava, a praça estava um caco. As plantas morriam e o mau-cheiro de mijo ficava impregnado na atmosfera da praça por mais de uma semana.
Dando uma olhadinha em meu rico acervo de imagens sobre eventos realizados em Chapadinha, encontrei o carnaval e 1999, o penúltimo da era Isaías Fortes.
O palco era apenas um pequeno tablado de madeira, coberto com uma lona, erguido na frente do antigo Armazém Progresso, próximo ao Chapadinhense Hotel, na Avenida José Caetano.
A única banda do carnaval era a "famosa" Cara do Brasil, de Juazeiro do Norte-CE, trazida por indicação de um delegado cearense, que atuava na cidade à época. Teve gente dizendo: "Éguas, esse ano o 'hómi' trouxe foi uma banda do Ceará! Esse 'Zazá' é porreta "mermo'!".
E põe porreta nisso. Tanto, que ele mandou até ajeitar a avenida com água (isso mesmo, água) para evitar que os foliões tivessem problemas respiratórios.
Como todos (ou melhor, quase todos) sabem, Isaías mandou na cidade - incluindo o mandato de Osvaldo Lobo, eleito por ele - durante 12 anos seguidos e não teve a coragem de colocar 1cm² de asfalto nas ruas de Chapadinha.
Era dia de abertura do carnaval de 1999. Um produtor de vídeo, que foi contratado junto com a banda, começou a fazer a reportagem: "Taí, essa bonita avenida, que hoje o prefeito já vem mandando trazer a água, para que não possamos ter 'vaporização de poeira'. " E estava lá, a avenida onde o povo iria brincar o carnaval, toda enlameada. Tinha só uns pedaços de asfalto, da década de 70, com o calçamento à mostra e a poeira doida subir.
Pois é gente. Antes, esse negócio de asfalto não tava com nada. O negócio era botar água na avenida e tava tudo bem, afinal, era o homem de "bom coração" que tava fazendo pelo seu povo querido.
E viva o carnaval do passado, com apenas uma banda, água no asfalto e caldo de mocotó! Êpa! Caldo de mocotó? Ah, essa eu conto depois, em outra postagem.
Um comentário:
sabe eu gostava dessa bandinha na pça, ñ precisava de abadá, ñ suporto esse blocos hehehehehe sou do passado, até no Rio de Janeiro tem uma bandinha dessa na rua, resgate dos antigos carnavais, p meu ver bem melhor q hj.
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