Você
deve ter acompanhado pela mídia local, nestes meses finais da gestão, que bater
no governo Danúbia virou esporte da moda.
Entre
legítimos reclames sobre falta de médicos ou remédios e quanto à paralisação
temporária da coleta de lixo, questões menores, fofocas e maledicências são
lançadas a torto e a direito.
Para
ficar só na esfera pública houve protesto com enterro solene na rodoviária cuja história perpassa
no mínimo duas décadas e, apurada direitinho, compromete os dois grupos
políticos locais; teve ameaça de processo pelo “atraso” da antecipação dos
salários; a rádio peão falando em funcionários fantasmas; e clamor por conta de
um suposto futuro calote em fornecedores.
Passadas
as eleições, este volume de ataques têm o ensejo da luta por cargos no próximo
governo. Nas entrelinhas passam, ainda, ameaça velada à futura mandatária de
que não acolhidos estes sabem detonar uma administração.
Tirante
a vigilância pela continuidade dos serviços, forçar a barra para criticar
gestores em despedida e derrotados em pleito pretérito é como vilipendiar
cadáver: indolor para o defunto, mas revoltante para quem assiste à covardia.
Dito
isto. Clamo para que a administração quase finada, se acomode em posição de
velório, como a espera de reencarnação e não se remova errado em estertores,
facilitando o ultraje. E, por fim, fervorosamente crédulo, torço para que todos
os nossos problemas acabem em primeiro de janeiro com ou sem a ajuda dos corvos
de plantão.
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