Por: Anaximandro Silva
Cavalcanti - Psicólogo
No inicio dos anos 2000, vivemos uma
euforia de desenvolvimento, ruas sendo asfaltadas, pagamento em dia e a
autoestima do funcionalismo público sendo resgatada, um sonho que durou exatos
549 dias. Depois mergulhamos em um mar de incertezas, e como os moradores da
mítica cidade de Woldercan, fomos levados a crer, que, o que tínhamos não era o
suficiente. Era hora de resgatar as promessas, de renovar as esperanças; de
fazer uma mudança. Novamente fomos tangidos para um canto qualquer da historia,
e lavamos nossas mãos quando elegemos aquela que nos libertaria do jugo. Seu
discurso político garantia o desenvolvimento livre e produtivo de todos os
cidadãos. Promoveu esperenças em proporções tais que os nossos antepassados
nunca sonharam. Apesar disso, a condição em que nos encontramos hoje, está cada
dia mais longe das já vividas há muito tempo atrás.
Nossos anseios agora são moldados a
nível estadual por promessas de desenvolvimento e progresso; Desenvolvimento e
progresso alcançado por bem poucos. Quem mais lucra já estar no poder ou adenta
em seu meio a duras penas de coçar o saco, esses se tornam os novos ricos de
fazer inveja.
Na confraria governamentalista
ouvimos dizer que estamos atravessando um período de promissor desenvolvimento.
“Nada poderia estar mais longe da verdade”. Nos oposicionistas o discurso é de
caos total e a eterna promessa de remissão e a volta do progresso, que nunca
foi e nem veio!
Diante de tantos candidatos, tantas
promessas mal fadadas e bem fardadas, uma pergunta seria boa que cada eleitor
fizesse. Que tipo de governo necessitamos? Daquele que governa pelo interésse
egoísta em si mesmo? Daquele que coopera com os grandes grupos? Nosso estado
necessita de homens que se sintam livres e independentes, não sujeitos a
nenhuma máquina política. Necessita de representantes que não se submetam às
vontades de um governo megalomaníaco.
Infelizmente muitos parecem que não
estão para servir ao povo, acham seu mandato independente de nossa vontade;
fidelidade e submissão ao governo! Inclinam-se ante a sua vontade, dançam
segundo sua balada.
“O mandato é o grande objeto de seu
apetite, um banquete farto, uma sala grande, um seio grande; e nós somos os
desmamados, os que esperam sempre e os eternamente desapontados”.
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