O
ano de minha estréia na militância política foi em 1984, na campanha das
Diretas Já, que perdi e chorei junto com milhões de brasileiros. No ano
seguinte – enquanto ajuda a organizar grêmios estudantis e a união de
secundaristas – distribuía panfletos e participava de manifestações de apoio a
Tancredo Neves. Vencida a ditadura no colégio eleitoral comemorei com
entusiasmo e decidi entrar para o PT oposicionista antes mesmo de terminar a
festa.
No
primeiro mandato de Magno Bacelar, após passar décadas combatendo seu Isaías,
não demorou eu sai do governo, passando a externar minhas divergências. Naquela época em conversa com o experiente deputado Clodomir Paz ele me disse uma frase
que até hoje me gera dúvida: “talvez tu não saiba ser governo, Alexandre”,
disse ele.
Dando
razão a assertiva de Clodomir, tenho tido dificuldade de concordar com governos
que ajudei a levar ao poder. Quem sabe eu não seja – por índole e temperamento
– exatamente o inverso daqueles que se sujeitam a bajular qualquer prefeito...
Sabendo
da importância de colaborar com uma boa governança e alternar meu papel como
pessoa pública, me encho de expectativa de que, com a legitimidade dada pelo
povo, pelo amadurecimento recíproco e pela belíssima campanha que tomei parte
ao lado do Dr. Magno, eu possa, desta vez, aprender a ser governo, porque fazer
oposição eu já sei que sou capaz.
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