Sem atinar para o caso de Chapadinha,
que tem potencial para ser maior e mais grave, comunicadores ligados a Belezinha,
deram a notícia sobre o bloqueio de recursos da saúde por suspeita de fraude em
dados de atendimentos de Mata Roma como quem comemora um gol do Brasil na Copa
do Mundo.
Vamos ao caso de Mata Roma:
A pedido do Ministério Público Federal
(MPF), a Justiça Federal no Maranhão determinou o bloqueio de R$ 688 mil do
Fundo Municipal de Saúde (FMS) do município de Mata Roma, devido a inserção de
dados falsos no Sistema de Informação Ambulatorial (SIA) em relação aos
procedimentos de reabilitação de paciente pós-covid, no período de janeiro a
maio de 2022.
Segundo a ação cautelar proposta pelo
MPF, após as informações inverídicas inseridas no SIA, o Fundo Nacional de
Saúde (FNS) repassou o montante de R$ 743.533,20 ao FMS de Mata Roma, objetivando
a garantia da assistência aos usuários do SUS com sequelas pós-covid-19.
De acordo com o procurador da
República Juraci Guimarães, responsável pela ação, “o mesmo procedimento de
inserção de dados falsos no sistema do SUS identificado pelo MPF e CGU no repasse
irregular de emendas parlamentares foi constatado para o programa de tratamento
pós-covid pelo próprio Ministério da Saúde. As fraudes são flagrantes, pois
existem vários pacientes que foram atendidos simultaneamente em mais de um
município e, algumas vezes, inclusive, a ordem sequencial de pacientes nos
municípios é idêntica”, disse.
E Chapadinha?
Enquanto Mata Roma teve bloqueio de
pouco mais de 600 mil reais por 36 mil atendimentos supostamente fraudulentos,
Chapadinha aparece no sistema como tendo realizado 218 mil atendimentos de
sequelados de covid-19, tendo população de 82 mil habitantes e 10 mil casos totais de covid desde 2020. Pela proporção, Chapadinha deve devolver (ou ter bloqueio) de mais de 4
milhões de reais e passar por rigorosa investigação. Os detalhes sobre o caso
especifico de Chapadinha na próxima postagem.
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