sábado, 18 de setembro de 2010

A Falsa Moral


Por: Almir Moreira - Advogado

Noutra oportunidade, manifestei através deste blog minha opinião a respeito da impugnação da candidatura do Dr. Magno Bacelar, promovida por um corrente seu. Disse que a mesma era temerária e demagógica e, portanto de má fé. Aproveitei para destrinchar um lado emaranhado da política local, e nele cravei num aspecto, o do chamado “fogo amigo”. Explicando o fogo amigo: é quando uma das partes é alvejada por gente do mesmo Grupo. Mostrei a bandalheira que estão fazendo com Magno Bacelar. Foram empregados do Governo do Estado, portanto, da Sra. Roseana os principais ou principal responsável por essa irresponsabilidade, a lide temerária de impugnação. O mentor não é da política é do administrativo. Causaram-me espanto duas coisas: funcionário do Governo do Estado envolvido nisso e o enchimento da bola desse sujeito com cara de escoteiro ou de escroto em detrimento de Magno Bacelar, tido como amigo da primeira hora do grupo Sarney.
A impugnação tola, sem suporte jurídico nenhum não partiu do adversário político de Bacelar em Chapadinha, este foi apenas no embalo, a impugnação foi arquitetada por um empregado de Roseana, neófito no assunto, vaidoso para ser ungido na política chapadinhense. Não obstante, a tal impugnação não prosperou no TRE, sequer o órgão responsável pelo zelo da Lei, o Mistério Público lhe deu guarida. Enfim, mais uma vez acertamos naquela oportunidade, e não porque nos pusemos ao lado de “a ou de b”, mas por interpretarmos a lei corretamente. Naquele julgamento antes de Magno vencer, a Lei foi quem venceu, agora o episodio revelou a ingratidão para com ele. E como se diz: a ingratidão tira a afeição.

Ah, bastou deixar nu o principal protagonista desta invencionice jurídica, para aquele que prega ou pregava “ama o próximo como a ti mesmo” revelar seu verdadeiro ser: o do ódio e o da vaidade.

O desmascarado logo se manifestou por intermédio de seu ventríloquo, e como não tem o que falar, pois vive com a cara de hiena, com os dentes acesos, partiu para a apelação enxertando nela lições de moralidade. Fugiu do verdadeiro debate, porque não é do bom combate como não foi sua peça futrica levado ao TRE – fato revelado pelo Dr. Luciano Pereira em entrevista a uma rádio local – e, atestada por este Tribunal.

Embora algumas crenças e alguns sujeitos se apresentem como fonte da moral, esse tipo de vinculo não resiste às experiências disponíveis, e nem tampouco ao julgo da incipiente ciência moral. A moral é o conjunto de sentimentos como os de justiça, culpa, raiva, lealdade e outros que levam ao altruísmo. Sob uma ótica darwinista, tudo isso foi fruto da evolução social e histórica, que propiciou as condições para a vida em sociedade. E, a invenção da linguagem elevou essas relações tornando-as mais complexas. É essa situação que nos diferencia dos primatas. Tudo isso ocorreu milhares de anos antes do primeiro pajé fazer oferendas, do primeiro padre rezar a primeira missa ou dos descendentes religiosos de Lutero se acharem puros – ah, ia esquecendo, Lutero foi traidor? Ou ainda, do primeiro falso moralista se apresentar como paladino da moral. Não fosse essa evolução não teríamos chegados onde chegamos.

Encerro revelando um pouco da minha vida privada, já que meu detrator só se deteve a ela, ainda que de forma tosca. Sou filho único, meus pais beiram os noventa anos, tenho quatro filhas, três delas já com a vida encaminhada e outra com vários esteios familiares para lhe criarem. Não tenho mais tempo para ter medo, não tive dos dentes ferozes da Ditadura Militar e seus remanescentes e, muito menos terei de dentes “crentinos” – foi assim mesmo que escrevi, "crentino".

Um comentário:

Oberdan Galvão disse...

Senhores,
Tomemos cuidado com as previsões legais dos Arts. 32 a 33 do CED/OAB.