Apesar de vez por outra receber de oposicionistas de Chapadinha alguns adjetivos pouco honrosos, nada tenho de pessoal contra quem quer que seja. E vou além: avalio que quanto melhor for a oposição oferecida – quer nos parlamentos, entidades sociais ou meios de comunicação – mais benefícios tem a população e maior o desenvolvimento do município.
Mas para isso é importante que a crítica seja qualificada com fatos comprováveis e análises razoáveis. Indo por esse caminho, além da desejável fiscalização, um bom argumento ou a exposição de fatos realmente importantes para a sociedade costumam colocar governos inertes para trabalhar.
A dura realidade impõe aos municípios problemas de norte a sul do País. No Maranhão temos Imperatriz com crianças morrendo por faltas de leitos em UTI, Paço do Lumiar na grande Ilha com muitas denúncias de corrupção e, ainda, Timon que tem salários dos servidores em atrasos de até quatro meses – como exemplos que evidenciam que se não vivemos no paraíso, certamente estamos fora do inferno.
Claro que a crítica não se esgota numa área e nem o passado – aquele tempo infame em que tínhamos salários atrasados de 9 meses, 12 secretários de saúde em quatro anos, CPI de corrupção e intervenção do ministério público - há de servir de desculpa para a perpetuação dos problemas atuais. É nesse contexto que a oposição deveria primar pelo binômio responsabilidade-qualidade.
Só a título de exemplo, quando se puxa pela responsabilidade, vem a noção básica de que nenhum meio de comunicação social deve ser utilizado pela cobrar dívidas pessoais ou administrativas por meio do constrangimento da divulgação. Isso, aliás – e aqui não vai nenhuma escusa a quem mesmo podendo prefere não pagar contas devidas – a cobrança com base na execração pública do devedor pode gerar dívida por danos morais contra o credor inicial e ação com repercussões mais graves para os veículos de difusão utilizados. O caminho para receber contas em atraso, abrangendo os custos da demora e da ação é o judiciário.
Já quando o quesito é qualidade, análises dos fatos e eventos de uma campanha, geralmente vinculados à tentativa de minguar um candidato contrário, muitos preferem não enxergar a força adversária. Exemplo disso foi a maior carreata desta campanha, fotografada e vista na rua por todos, do mesmo modo a avassaladora campanha de Nota 10, espalhada por todo o Estado, tratadas em letras garrafais como um fiascos retumbantes. O leitor deste blog e da Folha do Baixo Parnaíba já viu críticas subjetivas afetas à vida pública do ex-prefeito Isaías. Expliquei sem demonizá-lo na vida pessoal, porque não vejo com bons olhos seu retorno à prefeitura e ao comando das instituições, mas nunca uma palavra de desconsideração de sua força eleitoral e apelo popular, que, em Chapadinha, na minha opinião, rivaliza em tamanho com a de Magno Bacelar.
Os números finais das eleições mais uma vez mostrarão que a política local ainda é milimetricamente dividida entre Magno e Isaías.
Em resumo, o que nossa cidade precisa é de uma oposição realista, propositiva, capaz de passar credibilidade, que se desvencilhe do fel, dos rancores e deixe de pensar com o fígado. Quem sabe isso não termina revelando novas opções pra Chapadinha.
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