Ser Oposição Não é Ofensa

Existe uma confusão danada com a utilização do termo “oposição” por este blog. Quando a palavra vem junto de “ligada a Isaías” ai é mesmo que mexer num vespeiro. Mas vamos – a partir do trivial significado da expressão – tentar atenuar incompreensões neste debate.

Deixando de lado os compêndios da sociologia e da filosofia, basta o verbete de oposição do Aurélio – como sendo: ato ou efeito de opor(-se); impedimento; obstáculo, objeção ou, antagonismo e contrariedade – para mostrar que ninguém precisa se agastar com a consideração.

Ora, se você é contra o aborto (por exemplo), você faz oposição à prática e à ideia. Passando para um problema mais concreto, se você não concorda com a situação atual da saúde você tem contrariedade com a gestão, portanto você faz “oposição” neste tema específico.

Se por conta dessa particularidade e por outras você deseja ver os gestores fora do governo, legitimamente usa um direito a seu dispor na democracia e faz franca oposição. Não há porque se ofender com o conceito de “oposicionista”.

Por outro lado, se você percebe falhas e não concorda com alguns pontos, mas ainda assim encontra motivos para apoiar ou votar no grupo que governa, por lógica você não pode ser considerado de “oposição”.

Avaliar algum reclame como proveniente da oposição não basta para desqualificar fato, denúncia ou reivindicação.

No caso da nossa tira-teima paroquial – posto que o apontamento de oposição não carrega em si nada de pejorativo – a rejeição a ele só seria razoável partindo de alguém que ainda pense em votar no grupo Magnúbia.

É por isso que o caríssimo leitor do blog ou debatedor das redes sociais que não tenha a menor intenção de votar em candidato governista (incluindo os notórios seguidores de Isaías) não têm porque se apoquentar com o respeitoso conceito de “oposicionista”.