As relações perigosas entre Josimar
Maranhãozinho, emendas facilitadas pelo governo Jair Bolsonaro e prefeituras
dispostas a entrar em esquemas de corrupção que viraram alvo da Polícia Federal
colocaram o padrinho político da prefeita Belezinha e do secretário Aluísio Santos
na capa de uma revista nacional com direito a foto com caixas de dinheiros e a
conotação de que as operações de Josimar e seus aliados compõem um quadro de
corrupção escrachada destacado na capa da Revista Cruzoé.
“Aliado de primeira hora do Palácio
do Planalto, o deputado comanda o diretório maranhense do novo partido de
Bolsonaro. Ele se gaba de ser próximo do presidente da República, com quem
esteve pessoalmente algumas vezes desde que assumiu uma vaga na Câmara, no
início de 2019”, diz a matéria da revista.
“Ex-prefeito de Maranhãozinho, o
município minúsculo de menos de 20 mil habitantes encravado no norte do
Maranhão que lhe empresta o nome, Josimar tornou-se um fenômeno da política no
estado. Após dois mandatos de deputado estadual, foi eleito pela primeira
vez para uma cadeira no Congresso Nacional com votação recorde e conseguiu
costurar uma rede de apoio político comparável àquela que, em outros tempos,
serviu a outro coronel maranhense, José Sarney. Hoje, Josimar de
Maranhãozinho controla pelo menos seis dezenas de prefeituras, tem a mulher
como deputada na Assembleia Legislativa e exerce forte influência sobre a
bancada federal do estado. Já se lançou candidato ao governo do Maranhão nas
eleições do ano que vem – um posto que ele sonha conquistar com a presença
do agora correligionário Jair Bolsonaro em seu palanque”, continua a Cruzué.
“Maranhãozinho é o personagem principal de pelo menos duas investigações que correm no Supremo para apurar um esquema de compra e venda de emendas parlamentares em funcionamento no Congresso. Além dele, outros dois deputados federais e um senador da República são investigados. O deputado do PL é suspeito de pagar uma espécie de “pedágio” para que colegas parlamentares se juntem a ele destinando emendas a municípios controlados por seus aliados políticos que, logo após receberem as verbas, contratam empresas ligadas ao esquema que devolvem o dinheiro, lavado e em espécie. Corrupção pesada. E escrachada”.
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