Na diversidade regional brasileira
paçoca pode ser um docinho de amendoim popular no Sul/Sudeste e (também) um
suculento e substancial prato de carne aqui no Norte/Nordeste. Porém, aqui em
Chapadinha a tal paçoca entrou para o folclore político pelas mãos de
ex-prefeita e ex-primeira dama que jura querer sair das lutas partidárias.
Ao que parece – passados alguns dias –
todos aprovaram o evento com a facilidade de quem digere uma sobremesa. Bons
artistas, ótimo espaço, gente bonita e animada por bebida com preços abaixo do
valor do mercado de shows. Essa é a parte em que o evento conseguiu ser uma boa
distração política, algo quase capaz de fazer com que a geral esquecesse alguns
problemas de imagem de seus idealizadores.
O calote de dezembro entra no
contexto como um sabor amargo a ser esquecido ou atenuado pelo açudar da paçoca
do Sul e as recentes nomeações de parentes para cargos no estado entram como a
paçoca nordestina de carne de sol socada no pilão e temperada com manteiga de
garrafa que só colocam à disposição da família.
Desta forma, o evento que foi
patrocinado por governador, deputados e candidatos entra para a política de
Chapadinha como um ato eleitoral evasivo e dissimulado, que só prosperara se a
sociedade estiver dormente.
Tem paçoca doce e salgada, qual vai
querer?
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