quinta-feira, 19 de maio de 2022

Paçoca Tem da Doce e da Salgada. Qual Vai Querer?


 

Na diversidade regional brasileira paçoca pode ser um docinho de amendoim popular no Sul/Sudeste e (também) um suculento e substancial prato de carne aqui no Norte/Nordeste. Porém, aqui em Chapadinha a tal paçoca entrou para o folclore político pelas mãos de ex-prefeita e ex-primeira dama que jura querer sair das lutas partidárias.

Ao que parece – passados alguns dias – todos aprovaram o evento com a facilidade de quem digere uma sobremesa. Bons artistas, ótimo espaço, gente bonita e animada por bebida com preços abaixo do valor do mercado de shows. Essa é a parte em que o evento conseguiu ser uma boa distração política, algo quase capaz de fazer com que a geral esquecesse alguns problemas de imagem de seus idealizadores.

O calote de dezembro entra no contexto como um sabor amargo a ser esquecido ou atenuado pelo açudar da paçoca do Sul e as recentes nomeações de parentes para cargos no estado entram como a paçoca nordestina de carne de sol socada no pilão e temperada com manteiga de garrafa que só colocam à disposição da família.

Desta forma, o evento que foi patrocinado por governador, deputados e candidatos entra para a política de Chapadinha como um ato eleitoral evasivo e dissimulado, que só prosperara se a sociedade estiver dormente.

Tem paçoca doce e salgada, qual vai querer?

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