terça-feira, 27 de dezembro de 2011

As Datas e o Tempo


Por: Almir Moreira – Advogado 

Meu Deus, o ano acabou! Começou nos tirando J. Coutinho, homem amigo da Chapada, alguns gostem ou não, termina, para mim, tirando meu velho e bom pai, pessoa de quem não me esqueço um instante, porém, na alegria de saber de que pela prática do bem ele está bem.

O calendário é uma convenção do homem é uma convenção das culturas, o tempo é um elemento da natureza, o tempo ultrapassa as convenções, o tempo, quem sabe, é eterno! Ano ruim? Ano bom? Ano para ser esquecido? Nada disso, o tempo é maior, as agruras de um momento têm suas causas no passado próximo ou remoto, e elas não são para o esquecimento, mas para o enriquecimento da alma ou do caráter, conforme a fé ou o conhecimento de cada um – homens crentes num ente criador (Deus) ou homens sem esta fé, ateus. 

Lamentar o que passou e deitar esperanças idealísticas no que vem não é nem professar fé no que se pensa que tem fé, nem tampouco se julgar conhecedor das coisas físicas do universo. O tempo como senhor do universo continua, só o tolo não percebe isso se prende a datas ou a formalismos, elas são boas como marcos ou lembranças, mas como meros petrechos do tempo. Elas servem para o limite do mando, dos contratos ou dos pactos, e aqui novamente o tolo interpreta errado, justamente quando ele devia se apegar ao respeito aos seus termos iniciais ou finais ele pensa ser o tempo (data aprazada) eterno. 

O ano que se avizinha somente será melhor comparado ao que passou se dele extraímos algo para o enriquecimento do nosso espírito ou do nosso caráter político cidadão. Mesmo que alguns não saibam aonde vão é precisam entender que estão sempre a caminho.

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