Por: Almir Moreira – Advogado
Meu Deus, o ano acabou! Começou nos tirando J.
Coutinho, homem amigo da Chapada, alguns gostem ou não, termina, para mim,
tirando meu velho e bom pai, pessoa de quem não me esqueço um instante, porém,
na alegria de saber de que pela prática do bem ele está bem.
O calendário é uma convenção do homem é uma
convenção das culturas, o tempo é um elemento da natureza, o tempo ultrapassa
as convenções, o tempo, quem sabe, é eterno! Ano ruim? Ano bom? Ano para ser
esquecido? Nada disso, o tempo é maior, as agruras de um momento têm suas
causas no passado próximo ou remoto, e elas não são para o esquecimento, mas
para o enriquecimento da alma ou do caráter, conforme a fé ou o conhecimento de
cada um – homens crentes num ente criador (Deus) ou homens sem esta fé, ateus.
Lamentar o que passou e deitar esperanças
idealísticas no que vem não é nem professar fé no que se pensa que tem fé, nem
tampouco se julgar conhecedor das coisas físicas do universo. O tempo como
senhor do universo continua, só o tolo não percebe isso se prende a datas ou a
formalismos, elas são boas como marcos ou lembranças, mas como meros petrechos
do tempo. Elas servem para o limite do mando, dos contratos ou dos pactos, e
aqui novamente o tolo interpreta errado, justamente quando ele devia se apegar
ao respeito aos seus termos iniciais ou finais ele pensa ser o tempo (data
aprazada) eterno.
O ano que se avizinha somente será melhor
comparado ao que passou se dele extraímos algo para o enriquecimento do nosso espírito
ou do nosso caráter político cidadão. Mesmo que alguns não saibam aonde vão é
precisam entender que estão sempre a caminho.
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