O procurador da República em Mato Grosso do
Sul, Ramiro Rockenbach, entrou na Justiça Federal com uma ação civil pública
para a construção de um presídio federal exclusivo para os condenados por crime
de corrupção. O processo, que foi ajuizado nesta quarta-feira (7), prevê a
utilização de verbas do Fundo Penitenciário Nacional (Funpen) para ser
viabilizado.
De acordo com Rockenbach, o estabelecimento
penal seria construído em Mato Grosso do Sul e contaria com aulas de ética e
moral para os detentos, além de um laboratório para estudar as mentes
corruptas. “Seriam aplicados programas multidisciplinares com aulas para que os
corruptos aprendam a tratar da forma correta a sociedade e o dinheiro público”,
afirma.
O projeto inclui ainda um museu com galeria
de fotos dos condenados por corrupção no país e mensagens para conscientizar e
orientar a população a não praticar o crime. “Não é um presídio para regalias e
mordomias para os corruptos, é para que a ficha suja dessas pessoas tenha
endereço e fotografia”, disse o procurador ao G1.
Rockenbach afirma que o presídio, caso seja
construído, será símbolo de transparência para a sociedade. Ele justifica a
necessidade de uma unidade como a do projeto em função dos casos emblemáticos
de corrupção, como o 'Mensalão', a 'Máfia da Previdência' e a 'Operação
Uragano'. “A unidade é uma resposta para uma sociedade que clama por um país
sem corrupção”, disse ao G1.
O custo da obra seria de R$ 12 milhões e
levaria dois anos para ser concluída. O Ministério da Justiça disse ao G1
que o Departamento Penitenciário Nacional (Depen) só irá se manifestar após
tomar conhecimento sobre o projeto e que uma quinta penitenciária federal será
construída no Distrito Federal e terá uma ala específica para autoridades.
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