quinta-feira, 3 de junho de 2010

Cegar Nunca Perder a Memória Jamais


No diário fácil da oposição a cegueira é via de mão única. Serve exclusivamente para apontar os erros do governo e satanizar setores da mídia que pensam diferente deles. Na parte que me toca, fico muito a vontade pra recusar a carapuça da encoberta alienante da realidade. Aqui mesmo neste espaço já reclamei da saúde (veja) e critiquei a postura dos governantes atuais (aqui) . Mas o que difere minhas cobranças das demais? Simples. Enxergo os problemas, cobro soluções e reconheço quando apresentam melhoria, mas não me permito esquecer um tempo em que as coisas eram bem piores. Tempos que tanto ameaçam voltar que foram majoritários (em 2008) no engodo de uma candidatura impossível.

Agora correntes ideológicas fazem da justa crítica a administração um banquete farto para os operadores do atraso. Reclama-se dos problemas dos hospitais para proveito dos que sofreram intervenção, dadas mazelas generalizadas da Secretaria de Saúde de então; escandalizam-se com as condições das vias públicas para deleite dos que não colocaram um grão de asfalto no chão da Chapada; aviltam-se com a chamada falta de transparência para agrado dos que faziam o dinheiro sumir no percurso do Banco do Brasil ao Paço Municipal.

Neste diapasão seguem ofuscados pela certeza de que toda manifestação contrária ao poder é isenta de dolo ou malícia. Que a imprensa deles é ungida pela divina boa vontade supra-santa. Já os contrários fedem a enxofre e carregam com sangue inocente suas penas do mal. São os desígnios de quem faz do maniqueísmo uma profissão de fé.

Se há de fato inocentes úteis entre eles, gente que pensa defender o bem comum embora facilite o caminho para o mal de todos, existem outros interesses ocultos neste combate sem tréguas ao governo, a este jornalista e ao sistema Mirante de Chapadinha: um rancor eterno contra nós como questionadores de antigas pretensas vestais e novíssimas ambições políticas que precisam irrigar com silêncio os votos do retrocesso.

Insisto que aqui não se quer calar ninguém. Só não abrimos mão de alertar que este olhar microscópico de hoje – não por acaso – é cego, surdo e mudo com relação às agruras do perigoso passado recente.

2 comentários:

eduardo disse...

Caro amigo alexandre, sabemos que o governo ao qual voçê se refere, realmente foi muito ruim pra chapadinha. Dispensa comentários. Mas não estamos tão bem assim. vou citar algumas coisas: rua gustavo barbosa, rua do caic, rua celino araújo, bairro japão, avenida ataliba, ai eu pergunto cade o asfalto dessas ruas? pra onde foram essas verbas? se vc tiver essas respostas esclareça pra nós humildes leitores.

Alexandre Pinheiro disse...

Tem razão. Há muito a explicar com relação a estas anunciadas obras. Vou ver o que se pode apurar depois publico uma matéria a respeito. Obrigado.