Noticia alvissareira dá conta da real possibilidade do PT Chapadinhense em compor com o grupo político liderado por Magno/Danubia. A noticia é boa para este grupo por alargar seu campo de apoio, é boa para Chapadinha porque pode inserir na administração municipal quadros de notório valor e é bom para a política no geral porque aos poucos, assim como Brasil afora, a concepção moderna de se ver o Brasil como um País plural, laico e complexo vai se afirmando.
A luta pelo poder não pode mais se dá sob a égide de concepções fechadas, sob pena de se incorrer em sectarismo e com isso se atrasar processo de avanço a duras custas conseguido. A chegada de Magno/Danubia ao governo foi benéfica para a sociedade civil e para a sociedade política, especialmente a esquerda. Ninguém esperava que o governo fosse empreender por decreto algo revolucionário, mas pelo menos um reformismo forte foi realizado, em todas as áreas das políticas públicas e, principalmente no campo democrático.
Os conceitos de grande política, pequena política e Estado ampliado desenvolvidos por Gramsci são atualíssimos para justificarem a atuação dos atores – Partidos e entidades - neste momento brasileiro e chapadinhense. A grande política toma em questão as estruturas sociais, ou para modificá-las, ou para conservá-las. A pequena política, ainda para ele, Gramsci, é a política do dia a dia a dos bastidores, a luta no parlamento, pode não colocar em discussão as grandes questões, mas serve para introduzi-la. É aqui que reside a ocupação dos espaços, a batalha pelas idéias. Decerto, o PT Chapadinhense dá claro sentido a sua sempre responsável atuação política quando compreende este momento e pode participar como protagonista de mudanças mais significativas a mercê da atuação dos democratas. Os avanços não podem ser jogados de lado, e o processo histórico no seu âmago não suprime etapas.
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