Equipe da cemar retirando os postes do campo de futebol
A comunidade do Inhambu, situada a 30 km da sede, reclama da ação da CEMAR contra um campo de futebol da localidade.
Depois de assistirem, sem que tenham autorizado, a área do campo de futebol servir de depósito de postes e outros materiais, pela empresa responsável pela execução do Programa Luz Para Todos, os moradores utilizaram seis postes para a iluminação de uma área de lazer no mesmo campo de futebol. Além dos postes, pessoas da comunidade, composta em maioria por pequenos agricultores, se cotizaram para a aquisição do restante do material e mão de obra necessários.
A intenção da comunidade seria negociar os postes com o Programa Luz Para Todos, levando em conta a utilização do espaço para depósito do material e sobre o consumo de energia os moradores informaram que deixaram tudo pronto a colocação de medidores.
Viatura da Polícia Militar acompanhando a ação
Mas, no final do ano passado a comunidade foi surpreendida com a repentina retirada dos postes por parte da Companhia Energética do Maranhão. Segundo os moradores, sem ordem judicial e com escolta ostensiva da polícia militar, uma equipe da empresa chefiada por um funcionário identificado por Lino, colocou os postes abaixo, alegando que estes teriam sido fixados no local sem prévia autorização da CEMAR.
Os moradores ainda tentaram negociar no momento da retirada e reafirmaram a intenção pagar tanto pelo material quanto pelo consumo de energia, mas a derrubada dos postes terminou acontecendo, e a comunidade – além do prejuízo com mão de obra da colocação, que envolveu técnicos e foi feita dentro dos padrões exigidos - ainda reclama de danos em refletores, reatores, lâmpadas e outros materiais, como conseqüência da ação considerada violenta.
Depois de concluída a retirada, os dois caminhões, uma camioneta da empresa e a viatura policial foram embora deixando os seis postes junto com os mais de duzentos que ali se encontram abandonados.
Dias após, os moradores fizeram uma manifestação pedindo ajuda da sociedade e reclamaram das autoridades a obrigação de promover o lazer e prática de esporte, diante da grande ironia de que tenha partido de uma concessionária de um serviço público tamanha insensibilidade com a questão.
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