No final dos anos 70, ainda em plena ditadura militar, surgia o maior partido de esquerda do ocidente: o Partido dos Trabalhadores. Construído superando fortes preconceitos da esquerda comunista tradicional e sustentado por amplas bases e organizações sociais, que incluíram sob a Estrela Vermelha uma vasta gama de pensamentos que foram dos remanescentes da luta armada aos movimentos da teologia da libertação (ligada à Igreja Católica); dos movimentos de trabalhadores sem-terra, aos operários e à pequena burguesia universitária.
Este sólido alicerce popular, com forte atuação parlamentar na década de 80 e 90 - quando o partido ainda tinha pouquíssima experiência nos executivos – acabaram criando um partido com a bandeira da ética como programa, compromisso, identidade e razão de vida de seus militantes.
Veio o governo Lula, o imbróglio do mensalão, e, antes dele, o do município paulista de Santo André; para mostrar que a ética, embora seja um imperativo para qualquer homem público, está a anos-luz de ser propriedade de privada de qualquer grupamento que chega ao poder. Igualmente, basta ver os ótimos resultados dos dois mandatos de Lula, para perceber que não precisa a probidade da Madre Teresa de Calcutá para fazer o bem e promover avanços.
De tal modo, a vantajosa experiência da governabilidade nacional produziu mudanças profundas ao ponto de perceber que, em política, ninguém cresce sem aliança. Valeu então, conciliar com Jader, Renan, Collor, Sarney... No Maranhão o vice-governador é do PT e a legenda tem mais deputados hoje.
Em Chapadinha, embora com atuação mais modesta em termos numéricos, o PT sempre manteve o ativismo do politicamente correto e a pureza em seus fundadores locais. Mas, os reflexos da nova fase petista chegaram por aqui. De olho em 2012, o PT flertou com personalidades como Erik Marinho e Ducilene Belezinha. Agora, deixando alguns com o pé atrás, abre diálogo público com Magno e Danúbia.
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