O diretor clínico do
Hospital Antonio Pontes de Aguiar, Sérgio Barbosa (foto), falou pela primeira vez
sobre a morte da estudante Arkiane. Em entrevista ao programa “Direto ao
Assunto”, da Rádio Mirante AM, o médico respondeu a perguntas deste jornalista
e dos repórteres Luis Carlos Jr. e Fábio Barroso.
No início da fala, Sérgio Barbosa
saiu em defesa da equipe médica que prestou assistência a estudante, “tenho absoluta
confiança nos profissionais que acompanharam a paciente e posso garantir que todos
os procedimentos foram feitos de acordo com os protocolos” declarou.
Sobre o atendimento, Sérgio
informou que a estudante chegou ao hospital no dia 4 outubro, se queixando de
dor de cabeça e febre, que já vinha sentindo de forma mais branda nos 10 dias
anteriores, após medicada,ela teve melhora. Ainda de acordo com o diretor do
HAPA, o exame de sangue realizado não revelou nada de mais grave, apenas uma
virose, segundo ele.
No dia seguinte (5 de
outubro, quarta-feira) as dores e o mal-estar haviam passado a ponto de a
paciente pedir alta ao médico de plantão, que achou melhor recomendar mais um exame, antes
de liberar a estudante que horas depois entrou em crise e de súbito veio a
óbito, conforme relatou o médico.
Sobre a falta de diagnóstico,
disse que para determinar taxativamente precisaria de exames mais complexos no Serviço
de Verificação de Óbitos (SVO), órgão que tem por finalidade esclarecer causa mortis em casos de óbito por
moléstia mal definida ou sem assistência médica, que só existe em São Luis. A
família teria sido orientada nesse sentido, porém recusado a indicação.
O médico declarou que com
base nas informações dos colegas e no prontuário da paciente, ela teria sido
vítima de uma violenta encefalite (inflamação aguda do cérebro) que pode ter
sido causada por infecção viral.
Sérgio Barbosa ainda disse
que com base nos exames de sangue e pelo relato dos sintomas pelos 10 dias
anteriores à internação, a hipótese de meningite, que chegou a ser levantada, estaria
praticamente descartada.
Ainda segundo Dr. Sérgio, o
hospital não recebeu, até o momento, qualquer denúncia ou reclamação por parte
dos familiares da universitária.
O médico finalizou
lamentando possíveis explorações políticas do episódio, enfatizou que até em grandes
e bem equipados hospitais há casos de doença não definidas e informou que toda
a equipe envolvida no atendimento da universitária deverá prestar esclarecimentos
à sociedade na imprensa ou onde mais for solicitado.
Foto: William Fernandes
Foto: William Fernandes
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