Denúncia de Desmatamento Contra a Suzano Feita Pelo Fórum Carajás |
A possibilidade da geração de 10 mil postos
de trabalho e investimentos da ordem de 1 bilhão saltam tanto aos olhos de uma
região acossada pela miséria e por índices baixíssimos de desenvolvimento
humano que talvez tenha o mesmo efeito dos espelhos “presenteados” aos indígenas
pelo invasor europeu na conquista das Américas.
Como jornalista e filho da região tenho visto
informes terríveis contra a prática do grupo SUZANO e nenhuma resposta ou
contestação da empresa paulista.
Os movimentos populares da região – entre sindicatos
de trabalhadores rurais e pastorais católicas – têm discutido a atuação do grupo
Suzano Papel Celulose em encontros, debates, seminários e cuja empresa, mesmo convidada, nunca
comparece, relatam.
O plantio do eucalipto avança na região sendo
acusado de nunca proporcionar qualquer benefício às populações e até de dificultar
a agricultura de subsistência ou familiar.
Pesa ainda, contra a Suzano, suspeita de anexação
de terras devolutas “aos seus mais de 70 mil hectares, de ter retirado centenas
de famílias de posses centenárias, de produção de carvão para siderúrgicas, de
ter derrubado babaçuais para ampliar o seu plantio de eucalipto e de destruir
plantações de bacuri e pequi, frutos naturais do cerrado”, conforme relara o
jornalista Aldir Dantas, que acompanhou alguns movimentos de trabalhadores no
Baixo Parnaíba.
Em seu blog Aldir revela que a Igreja
Católica e várias entidades fizeram denúncias pontuais ao Governo do Estado e
ao Ministério Público Estadual. Que não foram apuradas, segundo ele.
É com acusações como estas que o grupo Suzano
anuncia sua chegada a Chapadinha.
Não sou contra a priori nenhum empreendimento
que possa gerar emprego e renda, mas que o preço não seja a degradação
ambiental, que não venham com o ímpeto de desrespeitar os nativos e cheguem humildes
e abertos para um debate e uma vigilância que apenas começam.
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