Por: Anaximandro
Silva Cavalcanti – Psicólogo
“O poder tende a
corromper, o poder absoluto corrompe totalmente, como me parece evidente”
I (A) POLÍTICA
CORRUPTA
Corrupção e
política são dois termos que se confundem. Se não vejamos; nossos prefeito(a)s,
secretários e dez (10) vereadores menos um (01), por exemplo; marcados pela
impunidade buscam driblar regras sem levar em consideração outras coisas que
não o próprio benefício, são constantemente atraídos por situações em que se
conheçam possibilidades de obtenção de vantagens diversas, transformando a
câmara municipal em um ambiente extremamente permissivo.
Devido ao grande
número de denúncias contra nossos políticos locais e a proximidade de ano
eleitoral onde já é deveras grande o interesse pelo assunto, resolvi fazer um
estudo à luz da psicologia sobre a corrupção e tentar responder a perguntas
tipo: que tipo de comportamento é esse? Onde se origina? A corrupção é uma
doença? Afinal o político corrupto não deixa de ser uma pessoa extremamente má,
ele não é capaz de respeitar o outro em sua plenitude, e tem plena consciência
da natureza criminosa e funesta de seus atos quando desvia grandes quantidades
de recursos do município, prejudicando milhares de pessoas, sem apresentar
remorso ou hesitação, exceto quando a ação pode trazer algum mal considerável
para ele mesmo. Para ele, vale o “dane-se o resto”.
Este tipo de
comportamento é uma característica do antissocial. Comportamento causado por um
transtorno de personalidade, que, especificamente, pode ser definido de forma
mais clara como um defeito do caráter. "É o chamado transtorno de
personalidade antissocial”. O indivíduo que possui esse transtorno não foi
capaz, de desenvolver adequadamente o “senso ético”. Esse distúrbio pode ser
causado por falhas do desenvolvimento cerebral em áreas frontais, chamadas
suborbitárias, que muitas pesquisas apontam como sendo as regiões do cérebro
responsáveis pela formação do “senso ético”, e também da assimilação da moral
estabelecida o que torna nossos políticos apenas deficientes nos requisito da
moralidade, e da ética, e não portadores de um distúrbio de personalidade. No
entanto, existe um transtorno que caracteriza a maioria dos corruptos: é o
transtorno antissocial, que torna o portador um indivíduo sem limites morais e
éticos, quando se trata de obter vantagens diversas.
Nossos políticos
parecem, tiveram um desenvolvimento inadequado na juventude, da região do
cérebro responsável pelos sentimentos morais, que é composto pelo lobo
pré-frontal, pelo sistema límbico e por uma porção do lobo temporal. Esse
desenvolvimento se dá por meio da interação do cérebro com o ambiente, ou seja,
pela interação entre o que foi herdado pelo sujeito e as pressões ambientais.
Essas pressões ambientais podem ser provenientes de uma criação muito
permissiva ou de limites morais e éticos muito frouxos.
II FUTUROS
CORRUPTOS
Hoje já não há
limites. A família, a sociedade e as autoridades legais e religiosas perderam a
autoridade, as crianças opinam sobre coisas que não devem opinar, a
adolescência se antecipou e seu final foi retardado. Há uma perda de autoridade
e falta de limites que contribuem para a criança crescer pensando que pode
tudo. Pode escolher tudo: brinquedo, alimento. Tudo é muito liberal, sem um
critério do mais conveniente e adequado a cada faixa etária. Há uma perda de
valores ao longo do processo de desenvolvimento desde a infância, passando pela
adolescência e chegando à vida adulta. As relações amorosas são muito frágeis,
as pessoas não querem se comprometer. Não há criação de um vínculo firme,
seguro. As pessoas não se comprometem no trabalho, na vida amorosa, na política
e tampouco na educação. Tudo está falido. Por uma corrupção, Deus expulsou seu
anjo favorito, e é graças à corrupção que existimos, pois se (segundo o mito
bíblico) Adão não tivesse se corrompido, ele não teria sido expulso junto com
Eva do paraíso, e nós não estaríamos aqui, portanto somos filhos da corrupção!
Na Psicologia, a
corrupção pode ser diagnosticada a partir do exame Pet Scan.
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