Por Urbano Santos On Line e CN1
O Delegado titular de Polícia de Urbano Santos, Márcio de Moraes, deu prosseguimento essa semana na oitiva testemunhas e de pacientes vítimas do falso médico que fora preso clinicando no hospital público na cidade de Belágua, o golpista JOSÉ JADERSON DE SÁ MATIAS, que se fazia passar pelo médico pernambucano CARLOS COUTO.
Na quarta-feira(05) ele ouviu a mãe e a avó da menor CLARA VITÓRIA DUTRA RODRIGUES de 04 anos que deu entrada no hospital público de Urbano Santos no dia 05 de Setembro com dores no pescoço e febre e ao ser entendida pelo falso médico “Dr. CARLOS COUTO’’ segundo a avó da menor, fora repetidamente medicada com diferentes tipos de remédio (AMOXILINA, DIPIRONA, DIAZEPAN E VÁRIOS OUTROS). Dr. Márcio afirma que: "a menor sofreu verdadeira tortura medicamentosa enquanto agonizava necessitando de verdadeiros cuidados médicos."
Segundo apurado pelo Delegado titular de nossa cidade, mesmo diante dos apelos da família que lhe suplicava que a menina fosse encaminhada para S. Luis ou para Chapadinha, o golpista teria afirmado “que ele quem era médico e sabia o que estava fazendo e que o que a menina estava sentindo era apenas uma reação alérgica aos remédios”, até que por volta da meia-noite a vítima começou a entrar em colapso desenvolver manchas roxas pelo corpo.
De acordo com o relato da família colhido pelo Delegado, foi somente nesse momento que o falso médico a mandou a ambulância para a Chapadinha-MA, mas a criança veio a falecer na estrada, conforme relata Dr. Márcio.
Ainda em coleta de depoimentos o Delegado registrou declarações da mãe da menor, MARIA FRANCISCA DUTRA RODRIGUES, que teria afirmado que até o presente momento(dia 05/out) não teria conseguido registrar o óbito da filha, pois o hospital estaria demorando a fornecer documentação necessária para tal.
Dr. Márcio de Moraes afirmou que além dos crimes que José Jaderson já responde como estelionato, falsificação, falsidade ideológica e exercício ilegal de medicina, o falso médico deverá responder também por homicídio doloso, por ter assumido o risco de matar e que espera que mais vítimas procurem a delegacia nos próximos dias para apurar mais crimes do falso médico nos vários municípios onde ele trabalhou, seja no serviço público, em farmácias, clínicas ou em consultas particulares.
Devem ser ouvidos ainda nas próximas semanas, outros pacientes, funcionários do hospital de Belágua e de Urbano e Santos, os secretários de Saúde e de Administração das duas cidades. O falso médico foi transferido na manha do dia 06 para São Luís e ficará a disposição da justiça de Urbano Santos.
Outro aspecto objeto da investigação da Polícia Civil esta sendo a quantidade enorme de medicamentosa e de aparelhos hospitalares, provavelmente da prefeitura de Belágua, encontrados na residência do falso médico naquela cidade, neste sentido, além da apuração criminal, o caso é passível de Inquérito Administrativo pelo Ministério Público por improbidade administrativa.
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