terça-feira, 11 de junho de 2013

Zé Maria Quariguasi Fala Sobre Conflito da Tiúba


Foto Enviada por Zé Maria Que Seria de Dona Eloísia Perto da Sede da Fazenda

Reproduzo abaixo a íntegra de texto enviado pelo empresário José Maria Quariguasi sobre a disputa na Fazenda Tiúba. Ao final faço alguns comentários.  

"Após a leitura atenta do Blog do Sr. Alexandre Pinheiro senti-me na obrigação de prestar à sociedade Chapadinhense os esclarecimentos necessários dos reais motivos que me levaram a tomar atitude de adentrar na FAZENDA TIUBA, de minha propriedade, para que não se reflita junto à população desta minha querida cidade a imagem de que sou um bandido, como o citado Blog pretende me colocar perante o público. O Sr. Alexandre Pinheiro é meu conhecido de há muitos anos, conhece toda minha família e de forma alguma tinha o direito de, tendenciosamente, divulgar o que divulgou ouvindo apenas uma das partes. A desculpa de que não conseguiu contato comigo através de meu telefone é mentirosa pois meu telefone nunca esteve desligado. Tenho linhas da VIVO, TIM e OI. Se não tinha meus número devia tê-los procurado na residência de minha mãe. Desde o que aconteceu tenho recebido telefonemas de diários de Chapadinha, São Luis, Imperatriz, e de outras localidades, de amigos meus para me dar apoio e prestar solidariedade. Portanto, sua justificativa não condiz com a realidade. Mas, vamos aos fatos:

Inicialmente devo dizer que a FAZENDA TIUBA não está sendo alvo de litígio, como cita o Blog. O que está ocorrendo na verdade é a tentativa de um esbulho. Estão simplesmente querendo toma-la na marra o que para mim trata-se de ROUBO. Até aqui coube a eles explorar e depredar a propriedade, vendendo madeira, pedras, criando animais de grande, médio e pequeno porte, etc sem nenhum custo. Até draga já colocaram no Rio. A mim, pagar o imposto todo ano. Estará certo? Convido a quem quiser vir até aqui (cuidado pois a estrada está acabada) para ver a situação em que encontrei a propriedade. A casa que ocupei não sei como ainda não caiu corroída por cupim. O forro de um dos quartos já caiu. Vejam algumas fotos que estou postando e vejam se tenho ou não razão.

A FAZENDA TIUBA há exatos dezoito anos é de minha propriedade. Antes de mim foi de meu filho, José Maria Quariguasi Júnior, de meus cunhados Luis Ernani do Vale (Luizão) e José Raimundo Bogéa França e de meu pai Pedro Quariguasi. Há mais de 50 anos esta Fazenda é de posse da família Quariguasi. O único estranho à família que teve sua posse por algum tempo foi o finado Armando Garreto de Almeida.

Para beneficiá-la fiz um financiamento junto ao Banco do Nordeste do Brasil, hipotecando-a como garantia. Como o projeto foi mal feito não obtive o resultado esperado e por este motivo fiquei impossibilitado de pagar o Banco. Coloquei a propriedade à venda para pagar o Banco. Fui procurado por algumas pessoas lideradas pelo Sr. Daniel e Sr. Edvam que se mostraram interessados em adquiri-la. Fomos ao Banco e após nossa proposta o Banco aceitou mas deu um prazo para que a liquidação do financiamento acontecesse. Foi criada uma Associação para este fim. Depois de aproximadamente dois meses do fato fui novamente procurado pelos mesmos que me solicitavam autorização para ficar na Fazenda até que o financiamento fosse liberado e assumiram comigo o compromisso de que caso o negócio não se realizasse a devolveriam da mesma forma como a estavam recebendo. De boa fé e depositando confiança nos mesmos consenti sem emitir nenhum documento. Como não conseguiram realizar o negócio foram novamente à minha casa, o Sr. Daniel e o Sr. Edvan, para me devolver a Fazenda e me entregar a chave da casa Sede da propriedade. Para que a Fazenda não ficasse só coloquei para tomar conta da mesma o Sr. BIÁ, ex-vaqueiro do Dr. Edmilson Aguiar. Depois de alguns dias ter assumido a responsabilidade de olhar a Fazenda até que eu conseguisse vendê-la, fui procurado pelo mesmo para me informar que aproveitando-se de sua ausência os Srs. José Antônio, João Manoca, Senhor Pedro, Luis Bigode, Luis Padeiro e o Sr. Filho, arrombaram a residência onde se encontravam seus pertences, jogaram tudo fora e quando o mesmo chegou ainda foi ameaçado para deixar imediatamente a Fazenda e retirar todos os seus animais sob pena de sofrer represálias e ter seus animais sacrificados. 

Fiz imediatamente um BO no dia 10 de setembro de 2008 e até a presente data nenhuma providência foi tomada. Essas pessoas que cometeram essa violência são remanescentes da Associação criada para comprar a Fazenda. Alguém conseguiu convencê-los de que a propriedade não era mais minha e sim do Banco e que o Governo iria distribuir a terra entre eles. Desde este tempo luto na Justiça para minha reintegração de posse. Já houve uma decisão favorável e o Juiz do caso já chegou até a solicitar força policial para retirá-los de lá. Mas, não sei por qual motivo tudo foi revogado e foi feita uma audiência final no dia 02 de maio p. passado. Espero que até o final deste mês tudo esteja resolvido. Por estes motivos fui obrigado a me desfazer de minha chácara na Boa Vista em Chapadinha, defronte o Posto Alvorada 3 para quitar minha dívida com o Banco.

O que me obrigou a tomar a decisão de vir para a Fazenda foi a informação que tive de que os mesmos, depois da última audiência do dia 02 de maio p. passado, sentindo que não tinham nenhuma chance na Justiça de ficar na propriedade, estavam oferecendo lotes para quem quisesse vir morar na propriedade pois quanto mais gente mais difícil seria a tarefa de despejá-los. A prova é que encontrei aqui várias casas em fase de construção. Em momento algum houve violência desproporcional como a que foi divulgada. A prova é que todos os móveis do casal que estava na casa ainda se encontra aqui e a esposa do Sr. Francisco todo dia vem aqui pegar coisas, alimentar as galinhas, etc. como pode ser constatado através de fotos. Até a geladeira dos mesmos continua aqui na casa, ligada como me pediram, para não estragasse materiais perecíveis que se encontram nela.

Esta atitude eu já deveria ter tomado bem antes mas estava aguardando o registro de minhas armas junto Delegacia de Polícia Federal pois não quero nem ser processado por porte ilegal de armas. Quero fazer tudo dentro da Lei e por isso vou aguardar a decisão da Justiça o que, segundo meu advogado, deverá ocorrer até no máximo no final deste mês. Até lá não irei incomodar mais ninguém. Aqui está proibido qualquer atitude hostil contra quem quer que seja. Todos tem livre acesso para suas residências na hora que bem entenderem. Só quero que entendam que vim para ficar. Se houver algum tipo de confronto terá sido provocado por eles. Estou material e psicologicamente preparado e disposto a morrer ou matar se for preciso. Não vou aceitar provocação ou intimidação de qualquer espécie ou de quem quer que seja. Também não vou aceitar novos moradores. Vou lutar com unhas e dentes para defender meu patrimônio e minha vida. QUEM NÃO BRIGA PELO QUE TEM NADA MERECE TER."

JOSÉ MARIA QUARIGUASI

Nota do Blog
Consegui o número de telefone (TIM) de José Maria Quariguasi com a senhora Maria José Sales Pinheiro que vem a ser prima dele, tentei – sem sucesso – contato com ele três vezes antes de publicar a primeira matéria a respeito do caso e fui solicitado que não o procurasse na residência da família em Chapadinha devido à idade avançada de sua mãe.

Quando Quariguasi diz que “a FAZENDA TIUBA não está sendo alvo de litígio, como cita o Blog”, se contradiz mais adiante quando revela: “desde este tempo luto na Justiça para minha reintegração de posse. Já houve uma decisão favorável e o Juiz do caso já chegou até a solicitar força policial para retirá-los de lá. Mas, não sei por qual motivo tudo foi revogado”, escreve Zé Maria.


Apesar de taxar o blog de mentiroso, em nenhum momento ele nega o fato de haver retomado a sede da fazendo em disputa da forma como foi relatado pelos trabalhadores. Diferente de afastar a suspeita do abuso, o empresário chega a confessar o uso de armas: “esta atitude eu já deveria ter tomado bem antes mas estava aguardando o registro de minhas armas junto Delegacia de Polícia Federal pois não quero nem ser processado por porte ilegal de armas”, finaliza.

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