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do Garrone
O
governador Flávio Dino assinou decreto anulando todos os atos de cessão e
disposição dos servidores públicos estaduais que estão afastados de seus órgãos
de origem.
O
ato de ceder e disponibilizar funcionários públicos era uma espécie de moeda
política usada pelos governos de Roseana Sarney com a finalidade dar
privilégios a aliados e parentes da antiga cúpula governista instalada na
máquina pública.
O
Secretário de Transparência e Controle do Estado, Rodrigo Lago apresentou o
diagnóstico da situação dos servidores detectada nas duas primeiras semanas do
novo governo. Segundo ele, a situação é de caos,“estruturas foram abandonadas,
servidores subutilizados e dinheiro desperdiçado”, disse.
O
nível de irresponsabilidade do governo anterior com o servidor público era tão
grande que no apagar das luzes da gestão relâmpago de Arnaldo Melo, valores
retidos dos salários dos servidores para previdência, associações de classe e pagamentos
de consignados nos bancos foram desviados para outros fins, o que gerou rombo
nos planos de aposentadoria e impede que os funcionários do Estado tomem
empréstimos.
Sem
concurso público há mais de 20 anos, uma parte considerável dos servidores exerce
hoje cargo em comissão, alguns com vencimento de R$ 39, complementados por
gratificações que poderiam ser retiradas a qualquer tempo. Essa estratégia foi
usada pelo grupo Sarney para se sustentar no poder e criou uma
cultura de dependência política nos quadros funcionais do Estado.
Desestimulados, servidores públicos foram obrigados a conviver em uma rotina
funcional desestimulante e constantemente instável.
O
atual governo trabalha para melhorar as condições gerais dos servidores,
trata-se de um esforço que deverá refletir positivamente no funcionamento da
máquina governamental. É claro que interesses contrariados podem criar
situações de conflito e paralisia momentaneamente, mas é certo que em breve, o
Estado sentirá o efeito positivo das mudanças.
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