No que
denominou de “cortar na própria carne” a prefeitura de Chapadinha confirmou cancelamento
de contratos, corte em gratificações e demissão de cargos comissionados da
Educação, Assistência Social e outras secretarias.
“De
2014 para cá, a economia brasileira acumula uma retração de quase 27% fazendo
com que caiam juntos a arrecadação e os repasses do governo federal aos
municípios. Enquanto isso, o município de Chapadinha ampliou seus gastos com
pessoal, principalmente com a convocação de novos concursados no final do ano
passado feita pela ex-prefeita depois de perder a eleição”, diz a nota prefeitura,
assinada pelo procurador Lúcio Henrique.
“A
situação é grave e exige medidas duras. O prefeito Magno Bacelar começou
cortando o próprio salário em 30%, assim como os salários do vice-prefeito e
dos secretários. Os sacrifícios começaram pelo andar de cima, mas nesta
segunda-feira atingiram diversas pessoas que o governo gostaria de poder manter
imunes a essas dificuldades”, continua o comunicado.
A prefeitura
reconheceu as medidas como desgastantes. “Não é possível que alguém acredite
que haja algo além de dor no ato de cortar companheiros de jornada. Várias
pessoas que se doaram incansavelmente e agora precisaram ser demitidas,
perderam cargos, gratificações. São medidas extremamente antipáticas, que criam
desgastes com aliados e dão combustível para discursos demagógicos de
adversários, mas não há saída mágica para enfrentar tanta diminuição nos
recursos da Prefeitura”.
Ainda
de acordo com a nota, “em comparação com o período de janeiro a agosto do ano
passado, Chapadinha recebeu 12,75% a menos de Fundeb, que representa o maior
recurso transferido pelo governo federal ao município. Então não adianta dourar
a pílula: Outras medidas duras e impopulares podem precisar ser tomadas
enquanto o país não reencontrar o caminho do crescimento econômico”.
Ao finalizar
o procurador do município defende o recadastramento dos servidores e confirma a
cobrança de impostos. “A atualização cadastral de servidores visa garantir que
apenas os servidores que estão realmente trabalhando sejam pagos. A cobrança de
impostos municipais daqueles que possam pagar será feita com transparência.
Novos cortes podem acontecer nos próximos meses. O governo está preparado para
sofrer o desgaste que for necessário para administrar o município com
responsabilidade, mas não permitirá que o pior aconteça”, advertiu o procurador
Lúcio.
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