terça-feira, 15 de março de 2022

Aluízio, o Aluguel do Próprio Carro por 5,4 mil e a Ação Penal Aberta Contra Ele


 

O ano era 2014, o então secretário de obras/articulação política desfilava pela cidade com sua Toyota Hilux CD 4x4, Placas NOY 3736 e toda enfeitada de cartazes de propaganda política. Até aí tudo bem, um político usando o próprio como bem queira não tem nada demais.

O problema é que naquele mesmo ano de 2014, este blog teve acesso à prestação de contas da prefeitura referente ao ano de 2013 e nos documentos o carro de Aluízio aparece recebendo R$ 5.460,00 mensais a título de aluguel pagos com dinheiro da prefeitura por meio da empresa Olho Vivo.




Depois exaustiva investigação do Ministério Público estadual a jogada de Aluízio em usar o próprio carro e ainda receber por isso ficou comprovada.

“Nesse ponto se insere um dos demandados, ALUIZIO DE SOUSA SANTOS, proprietário do veículo Hilux Placa NOY-3736, o qual esteve “alugado” para a empresa OLHO VIVO, inclusive durante a campanha eleitoral de 2014 (eleições estaduais e nacional), quando foi flagrado e fotografado adesivado para os candidatos apoiados pela prefeita municipal nas campanhas para o legislativo estadual”, diz o processo do MP contra Belezinha, Aluízio e outros.

Mais adiante o ministério público descobre que em trama enrolada Aluízio teria simulado a venda do carro pra escapar de processo. “Descobertas e reveladas tais estratégias, o senhor ALUIZIO simulou a venda do veículo para a empresa OLHO VIVO, para se furtar da responsabilização necessária, mas é possível verificar que a transferência somente se deu em fevereiro de 2015, dois anos depois da primeira licitação. Todavia, a vultosa quantidade de veículos (144!) alugados para a prefeitura por uma pequena malharia local ainda era a questão central que exigia investigação. A empresa ainda chegou a encaminhar alguns contratos de sublocação de veículos, mas longe da inacreditável quantidade de 144 veículos que se obrigou pelo contrato (fls. 414/463, volume 3)”, revela a Promotoria de Justiça.




Junto com Belezinha, Aluízio e outros foram processados criminalmente por meio da Ação Penal nº 3765-37.2017.8.10.0031, que foi objeto de acordo para suspensão condicional do processo que evitou a condenação dos réus.

O blog não teve acesso aos termos do acordo que livrou os envolvidos no processo criminal.

O blog procurou a Prefeitura de Chapadinha, mas a comunicação oficial adota postura de não responder. Continuamos à disposição para quaisquer esclarecimentos.  






Nenhum comentário: