sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Timon: Promotor Manda Investigar Agressão Contra Jornalista


O promotor Antônio Borges Nunes Filho, da 2ª. Promotoria de Justiça da Comarca de Timon, enviou ofício de número 229/2010, ao delegado regional da Polícia Civil Antônio Valente Filho que proceda à abertura de inquérito sobre a possível tentativa de homicídio praticada pelo empresário Ramon Alves contra o jornalista Edmundo Moreira da Silva, ocorrida na noite de sábado (02), no pátio do posto Piauí, localizado na avenida Francisco Carlos Jansen, na cidade de Timon.

No momento, o jornalista fazia cobertura de uma operação da Polícia Federal que apurava a troca de votos por combustível para o candidato a deputado federal Professor Sétimo (PMDB) e para a candidata a governadora Roseana Sarney (PMDB).

Segundo o ofício do promotor, o jornalista foi “agredido violentamente pelo empresário, inclusive chegando a ser jogado na pista de rolamento da avenida Francisco Carlos Jansen para que fosse atropelado pelos vários veículos que por ali trafegavam, numa clara tentativa de ceifar-lhe a vida”.

E disse mais o promotor em seu ofício ao delegado: “Requisitamos, por conseguinte, a adoção das providências pertinentes insertas no art.6º. do Estatuto Adjetivo Penal, sem prejuízo de outras, a critério dessa digna autoridade policial, especialmente a oitiva da vítima e das testemunhas que ela apontar, analisando a possibilidade de prisão temporária do agressor, porque foragido após a covarde agressão à incauta vítima, que, no momento da violência sofrida estava desempenhando o seu mister profissional”.

Federação dos JornalistasAo tomar conhecimento da agressão, o presidente do Sindicato dos Jornalistas do Piauí – ao qual Edmundo Moreira é filiado e já foi inclusive vice-presidente –, Luis Carlos Oliveira denunciou o fato à Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e repercutiu a matéria no Portalodia.com, de Teresina.

No comunicado à Fenaj, Luis Carlos pediu que a tentativa de morte ao jornalista fosse comunicada ao Ministério da Justiça e pedisse para ele garantias de vida, já que seu agressor representa um grupo político muito forte que tem tratado com violência aqueles que cruzam seu caminho, mesmo que seja apenas desempenhando o trabalho de jornalistas, divulgando os acontecimentos. A operação da Polícia Federal no posto de combustível tentando coibir a compra de votos era um fato jornalístico. Menos para os representantes dos Sarneys no Estado do Maranhão. (Portal Hoje)

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