Em reunião realizada no último sábado (22) o Partido dos Trabalhadores decidiu aceitar o convite da prefeita Danúbia para compor o governo. O Placar foi de 8 a 3 em favor da participação.
Ainda há questões pontuais sobre a Secretaria de Assistência Social a serem resolvidos. Mas Danúbia declarou que já estava em curso uma reforma administrativa e mudanças no secretariado. “Agora com manifestação do PT vamos abrir espaço para a legenda e sacramentar a aliança”, finalizou a prefeita.
6 comentários:
Prezado Alexandre,
Um velho adágio define bem o atual momento político local: "Se você não pode com o inimigo, alie-se a ele". Diante dos fatos fica a pergunta: O possível apoio petista a atual administração, assim como o empreendido no âmbito estadual, proporcionará melhores condições de vida aos munícipes? Pois, a meu ver, aliar-se para atender interesses pessoais ou ser alçado a cargos sem dispor de autonomia para implementar projetos sociais relevantes, como acontece com grande parte dos atuais auxiliares, seria melhor e mais produtivo continuar em oposição. Bem! mas isso só o tempo dirá.
Uma verdadeira vergonha e falta de caráter. Os "sindicalistas" que se diziam defensor dos servidores públicos municipais agora defendem o desgoverno de Danúbia e Magno. Será que foi em troca do PCCS? E agora trabalhador? Como é que é? Vai ficar chupando picolé?
Oberdan – Penso que isso depende da postura do PT em Chapadinha. Pelo que me permite avaliar pela história dos militantes, penso que estes têm elevado espírito público e muito a contribuir. Nenhum governo deveria deixar de buscar esse apóio e essa experiência. Da mesma forma a relação deste governo os movimentos sociais tem sido de diálogo, mesmo quando as divergências estão mais afloradas o respeito mútuo tem prevalecido. Por isso acho que, respeitando sua opinião, embora o PT ainda não seja aliado do governo municipal, considerado mais apropriado o termo inimigo a governos que mandam prender ou desrespeitam sistematicamente a divergência, como acontecia no passado.
Herbert – Partindo da sua opinião e dos termos que você a usa contra seus companheiros de partido, creio que você talvez você possa pensar o mesmo com relação à CUT e ao MST, que mantêm suas bandeiras enquanto dialogam e nunca entregaram o governo Lula à sabotagem dos tucanos e do demos. Esta é, na minha opinião, o que difere o militante de esquerda consciente dos radicais como PSTU.
Meu caro Alexandre,
Discordo totalmente de você. A CUT e o MST defendiam um governo de "esquerda" de suas origens. Radical vem de raiz, assim sendo, sou radical porque as minhas convicções estão enraizadas em mim e as defendo porque acredito.
O unico termo que usei indevido pelo impulso de minha indignação, e que retiro e peço desculpas aos companheiros é com relação a falta de caráter.
Os companheiros deveriam ter feito uma plenária ou um congresso para discutir a adesão ou não a gestão atual. Isso deixou muitos petistas que não tiveram a oportunidar de se posicionar frustados. A alegação é que foram orientados para fazer uma composição com o PMDB. A Danúbia é PR e Magno PV e se o PMDB local decidir colocar nome próprio para as próxias eleições municipais? Sei que isso não inviabiliza as discussões, mas é muito ruim participar de uma gestão desatrosa e faltando menos de 2 anos para acabar. Outra coisa: será que os nobres "sindicalistas" consultaram os trabalhadores que iriam aderir o governo de Danúbia?
Alexandre,
Não duvidemos do "elevado espírito público e muito a contribuir" dos petistas locais, mas duvidemos e muito da autonomia necessária a ser concedida pelo governo Magno/Danúbia para que os "aliados" verdadeiramente implementem ações de governo que atualmente são mais que necessárias para atender os interesses da comunidade local. Portanto, entre aliar-se para nada fazer ou pouco fazer na oposição, sem sombra de dúvidas, a segunda opção é a melhor alternativa.
Cordato como seu que você é, não esperava outra coisa senão uma reflexão sobre os termos aos companheiros. Respeito seu ponto de vista sobre o governo Danúbia, embora dele discorde, claro. O tema é tão bom que traz na “raiz” a reflexão se só seria razoável que sindicalistas participem de governos das legendas originalmente de esquerda. O que clama por outro dilema conceitual: o que seria de esquerda hoje no Brasil? Prometo para os próximos textos entrar no assunto.
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