“Os Mamonas Assassinas morreram”. A notícia, na manhã de 2 de março de 1996, um domingo, parecia um desses boatos que vez ou outro circulam por aí. À época, o acesso à internet não era tão popular e a velocidade das informações era menor que a atual. Mas era verdade. Poucos meses depois de estourar para o sucesso e se tornar uma das bandas mais irreverentes do país, as vidas de Dinho, Samuel, Sérgio, Júlio e Bento terminaram em um trágico acidente na Serra da Cantareira, em São Paulo. O pequeno avião em que viajavam vindo de Brasília fez uma manobra errada e acabou se chocando contra a serra. Além dos cinco integrantes da banda, piloto, co-piloto e dois assistentes do grupo também morreram.
Mais de quinze anos depois, o documentário Mamonas pra sempre (Europa Filmes) – previsto para chegar aos cinemas em 10 de junho – refaz o caminho que levou a banda Utopia, nascida no Parque Cecap, em Guarulhos, região metropolitana de São Paulo, a virar os Mamonas Assassinas. Para isso, o diretor Cláudio Kahns contou com um vasto material cedido pelas famílias dos músicos. É aí que está a parte mais rica do filme. Os primeiros shows, as brincadeiras de bastidores, a viagem para Los Angeles para mixar o primeiro disco. Tudo o que foi registrado pelos próprios meninos chega agora ao público.
Fora isso, o depoimento de Rick Bonadio – uma espécie de mago em criar bandas de sucesso (Fresno, NxZero, CPM22, Bro’z) e quem deu a primeira chance aos Manonas – é quem dá certa pimenta ao documentário, contestando algumas informações da família e de amigos, como a de que não havia brigas entre os integrantes do grupo. Além disso, Bonadio – sem fazer média- define a personalidade de cada mamona. “Bento era o melhor músico da banda. Ele conduzia os arranjos”, diz, ao se referir ao guitarrista. “Sérgio era imaturo, arrumava confusão por tudo”, revela Rick.
Mais de quinze anos depois, o documentário Mamonas pra sempre (Europa Filmes) – previsto para chegar aos cinemas em 10 de junho – refaz o caminho que levou a banda Utopia, nascida no Parque Cecap, em Guarulhos, região metropolitana de São Paulo, a virar os Mamonas Assassinas. Para isso, o diretor Cláudio Kahns contou com um vasto material cedido pelas famílias dos músicos. É aí que está a parte mais rica do filme. Os primeiros shows, as brincadeiras de bastidores, a viagem para Los Angeles para mixar o primeiro disco. Tudo o que foi registrado pelos próprios meninos chega agora ao público.
Fora isso, o depoimento de Rick Bonadio – uma espécie de mago em criar bandas de sucesso (Fresno, NxZero, CPM22, Bro’z) e quem deu a primeira chance aos Manonas – é quem dá certa pimenta ao documentário, contestando algumas informações da família e de amigos, como a de que não havia brigas entre os integrantes do grupo. Além disso, Bonadio – sem fazer média- define a personalidade de cada mamona. “Bento era o melhor músico da banda. Ele conduzia os arranjos”, diz, ao se referir ao guitarrista. “Sérgio era imaturo, arrumava confusão por tudo”, revela Rick.
Outro ponto alto do filme são as imagens da primeira apresentação do grupo no ginásio Pascoal Thomeu, conhecido como "Thomeuzão", em Guarulhos, onde a banda foi formada. Em um desabafo, o vocalista Dinho relembra quando, anos antes, foi impedido de tocar com a banda no local por não serem conhecidos. “Nunca desistam dos seus sonhos”, disse Dinho, em meio a muitos palavrões. Naquela altura, músicas como Robocop Gay, Vira, Pelados em Santos e Jumento Celestino já estavam na boca do povo.
Revista Época
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