sexta-feira, 6 de maio de 2011

Igrejas, União Gay e Pedofilia



A Notícia de O Globo: Para Bispo, União Gay é “Destruição da Família”

Embora o casamento entre pessoas do mesmo sexo não seja tema da 49 Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), religiosos que participam do evento condenaram ontem o reconhecimento da união homoafetiva.

O arcebispo de Maringá (PR), dom Anuar Battisti, afirmou que a união entre homossexuais aprovada pelo Supremo representa uma "agressão frontal" à família e disse que a Justiça está "institucionalizando a destruição da família".

— Criando esta norma, esta lei, estaremos institucionalizando a destruição da família. É uma agressão frontal à família, instituição que nós sempre defendemos — disse o arcebispo de Maringá. — Não podemos concordar que aí exista uma união matrimonial, porque não existe uma união sacramental entre duas pessoas do mesmo sexo.

Para o bispo de Nova Friburgo (RJ), dom Edney Gouvêa Mattoso, é preciso que haja discernimento entre o que é "união civil" e "casamento", já que a Igreja Católica condena o casamento entre homossexuais, não a união civil:

— Uma coisa é união civil, outra é casamento. A Igreja se posiciona contrária à questão do casamento. O casamento, do ponto de vista religioso, é um sacramento e tem suas orientações próprias. Agora, o direito de duas pessoas de conviver e constituir um patrimônio, com herança, penso que é consenso. Mas essa união não pode ser chamada de casamento.

Comento Nosso:

Esta posição do Bispo parece escancarar que religiosos em geral estejam perdidos no meio das atuais tendências sociais. No campo legal união estável (civil) – entre heterossexuais e, agora, homossexuais – tem os mesmos efeitos do casamento e ponto final. Muitos insistem em tratar o tema do julgamento do STF como “casamento gay” para mexer com imaginário da visão de dois homens ou duas mulheres se beijando ao pé do altar para rubor de ingênuos ou perrengue de intolerantes.

Nada disso esta em questão, qualquer Igreja realiza ou deixar de fazer a cerimônia que quiser e continua com direito de insistir que a terra não seja redonda, se preferir. Só não pode mais é mandar ninguém pra fogueira por dizer o contrário. 

Mas no fundo eles têm razão: a família como nós conhecemos está de fato se transformando, o que pode enfraquecer muitos dogmas. O mais, é o abismar perplexo de demonizar algo tão íntimo e presente em tudo; que no caso, bateu-lhes à porta respondendo pelo infame nome de pedofilia.

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