Depois de um problema do Blogger que fez desaparecer alguns posts, recuperamos o texto abaixo e republicamos para registro histórico do blog.
A atuação do deputado Magno Bacelar continua rendendo assunto. O parlamentar e seu jeito peculiar de falar da tribuna já foram alvos de comentários de jornalistas de diversos matizes. O último a repercutir discurso de Magno foi o jornalista Marco Déça, ligado ao sistema Mirante. Abaixo publico o texto de Deça seguido dos nossos comentários.
“O deputado estadual Magno Bacelar (PV) já fez 40 discursos na tribuna da Assembléia Legislativa, desde que assumiu o mandato de Victor Mendes (PV), em meados de fevereiro. Não precisava tanto.
Somando-se a quantidade de “exatamente”, “naturalmente” e “sem sombra de dúvidas” que ele usa como vício de linguagem em seus pronunciamentos, são nada menos que 2.687 palavras.
O equivalente a um artigo de quase cinco laudas. O equivalente a um discurso de uma hora.
É louvável o esforço de Magno Bacelar para defender o governo.
Mas com discursos desarticulados e sem concatenação, acaba depondo contra o governo.
No último, por exemplo, segunda-feira, falou de oito assuntos absolutamente distintos entre si.
Temas que foram da homenagem às mães, passando pela sua estada em Chapadinha, sua passagem pela prefeitura, febre aftosa, homenagem a Fernando Leal, rodovias maranhenses, elogios à governadora…
Sem falar nas duas dezenas de “exatamente” e “sem sombra de dúvidas” com as quais entremeou o pensamento.
Magno Bacelar representa – “exatamente” – o momento atual da bancada governista.
Apática, sem comando, desinteressada, a bancada vive de ações pontuais dos seus membros – como o próprio Bacelar.
Esforços individuais que surtem pouco efeito prático.
Fosse organizada, Magno Bacelar não precisava se expor tanto na tribuna – “sem sombra de dúvidas”.
E, assim, o governo teria vida mais tranquila no Parlamento.
“Naturalmente”…”
Comentário Nosso:
Foram os exatos 40 discursos que desencadearam o protagonismo de Magno Bacelar no parlamento e por consequência na imprensa estadual. Magno por seus erros e acertos na tribuna da Assembleia tem sido paradimágtico na tradução da cena pública local.
Exagerou em pancadas ásperas contra adversários – mas nem por isso mentiu – transformando-se em alvo preferencial das viúvas da Secom Balaia. Agora o “fogo amigo” chega ao cúmulo de ativar um contador de 2.687 “exatamentes”, “naturalmentes” e “sem sombra de dúvidas”...
Virtuose na tribuna é coisa para poucos. Nenhum político, do caráter pessoal ao resultado positivo de suas ações, deve ser medido por sublime ou anódina oratória; podemos lembrar numa ponta o eloqüente Roberto Jefferson e na outra o redundante Luis Inácio Lula, “presidente como nenhum nunca antes na história desse país”.
O artigo do jornalista “mirantiano”, com um pouco mais de verniz, segue o mesmo tom de deputados (entre mudos ou perdidos), secretários arrogantes ou incompetentes e mídia aliada perplexa diante de um mando imbativelmente medíocre que não consegue fazer exatamente “o melhor governo da vida de ninguém”, nem por vício de linguagem.
Nenhum comentário:
Postar um comentário