Os blogs de Marcelo Vieira e Luis Pablo especulam em torno da entrada do ex-deputado Paulo Neto na sucessão municipal de Chapadinha. Segundo Marcelo Vieira Paulo Neto disse, na semana passada, que está estudando a possibilidade de sair candidato a prefeito no município de Chapadinha.
Em conversa com o titular do blog (Marcelo Vieira), ele levantou a hipótese de ser uma terceira via. Hoje a disputa está polarizada entre a prefeita Danúbia Carneiro e Belezinha, que pertence ao grupo do ex-prefeito Isaías Fortes.
“Paulo Neto não confirmou, mas sua pré-candidatura pode ser uma estratégia do grupo de Roseana para minar a força eleitoral do grupo de Isaias e ajudar a prefeita Danúbia a se reeleger” analisou o jornalista.
Há alguns fatos a serem ponderados sobre a questão:
O ex-deputado Paulo Neto sempre teve vontade de disputar a prefeitura de Chapadinha, sua última tentativa foi abortada pelo desgaste do caso Bertin de Presidente Vargas.
Roseana não tem a menor simpatia por Isaías e qualquer candidato do grupo dele.
Diferente de Isaías, Magno – além de ter ficado com Roseana mesmo quando a maioria da classe política rumava para Zé Reinaldo e Jackson – ganha prestígio com sua atuação em defesa do governo na Assembleia.
Evidente que a ajuda do governo do estado sempre é muitíssimo bem-vinda e, ao que parece, ela já está definida em favor de Magno. Contudo, o próximo pleito será definido na estratégia de cada um dos grupos locais.
Na situação a questão central é o cacife da prefeita passando pela aglutinação política, solução de problemas administrativos (ai incluída a grave situação da saúde) e a comunicação do governo (no sentido da percepção das obras feitas, que foram em bom número, mas a população não reconhece até o momento).
Não conseguindo sair dessa esparrela, Danúbia será forçada a dar lugar a Magno que mantém elevados e incontestes índices de intenção de votos.
Já a oposição, podemos dividi-la em duas: a terceira via e o grupo de Isaías.
A terceira via, com tendência a absorver setores mais qualificados do eleitorado, erra ao esperar por um nome mágico, quando deveria trabalhar em torno de um programa de governo e atuação política como forma de solidificar os descontentes com um e outro grupo.
O grupo de Isaías vive o drama da falta de definição imposta pelo dilema do manda-chuva: ou entra na disputa com Belezinha, tendo a vitória como possibilidade e o rebaixamento da condição de líder como certeza; ou escolhe a filha Isamara como forma de resguardar o quinhão eleitoral que tem lhe dado sustento até aqui.
Por estas e outras a política de Chapadinha ainda é aquela escola de samba cheia de figurantes como Paulo Neto, mas que só ganha avenida se tiver Magno Bacelar como mestre-sala e Isaías Fortes como porta-bandeira.
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