sábado, 15 de outubro de 2011

Família e Médicos Falam do Caso Arkiane em Plenária

Sinésio, Primo de Arkiane Questiona Médicos


Com o auditório da Faculdade do Baixo Parnaíba lotado a cidade de Chapadinha viveu ontem um dia histórico. Comunidade acadêmica na plateia, prefeita e outras autoridades da saúde compondo a mesa de uma plenária que tinha dois objetivos: tentar esclarecer a morte da estudante Arkiane quando recebia atendimento no HAPA e debater o sistema de saúde de Chapadinha. 

A diretora da FAP, professora Noni Braga, que mediava os trabalhos, abriu a plenária explicando a dinâmica de perguntas, criticou a ausência da secretária de saúde Maria José Coutinho no evento e convidou um familiar da estudante morta para falar sobre o caso.

A Palavra da Família 
O universitário Sinésio Arkimedes que é primo de Arkiane e a acompanhou no Hospital, relatou de forma emocionada os dois dias em que a estudante esteve internada. Em seu depoimento Sinésio confirmou a insatisfação da família pela indefinição quanto a causa da morte, questionou uma injeção de tranquilizante ministrada e chegou a dizer que o relato dos procedimentos e da possível demora do IML para devolver o corpo, teria "exercido uma espécie de pressão psicológica" e feito com que a família decidisse por não recorrer ao Serviço de Verificação de Óbitos. 

Em outro momento Sinésio retomou a fale e disse que o caso de sua prima não deveria ficar sem resposta: “Arkiane não pode ser simplesmente alguém hoje, para daqui dois não ser mais ninguém”, disse clamando por justiça. 

A Voz dos Médicos
O diretor clínico do Hospital Antônio Pontes de Aguiar, Sérgio Barbosa basicamente repetiu diante da plenária o teor da entrevista em matéria anterior do blog. Reiterou que todos os procedimentos solicitados pelos médicos foram atendidos pelo Hospital, a prescrição contida no prontuário estava correta e que era obrigação da equipe esclarecer os procedimentos do IML. 

Os cirurgiões Zé Almeida e Sebastião Pinheiro, pioneiros da medicina em Chapadinha, presentes ao evento, lamentaram a morte da estudante, falaram do drama do médico quando acontece morte de um paciente jovem sob seus cuidados, disseram que só depois de minuciosa investigação se pode falar em erro, consideraram que até o momento nada leva a crer que tenha ocorrido neste caso, condenaram prejulgamentos ou acusações antecipadas e hipotecaram solidariedade aos colegas que atenderam a estudante.

O assunto continua na próxima matéria com o debate sobre os problemas da Saúde de Chapadinha. Aguardem!
 

Auditório Lotado por Alunos da FAP

5 comentários:

Oberdan Galvão disse...

Caro Alexandre,
Percebo que estão tentando mudar o foco da discussão, pois o problema de Chapadinha não está relacionado a procedimentos médicos em si, mas a falta de infraestrutura hospitalar adequada para o atendimento da população. Não são e nem serão casos isolados que devem e/ou devam ser debatidos, mas todo um contexto, toda uma estrutura precária, deficitária, etc. É a falta de investimento em tecnologia, inexistência de material de insumo hospitalar na rede, o desvio de recursos, altos salários pagos para pessoas que não exercem a sua função na rede, etc., etc., etc.

eduardo-ferras disse...

Caro alexandre, a ausencia da secretaria de saúde é mais que lamentavel, a saúde em chapadinha poderia ser exemplar pois existem recursos suficiente pra isso, mais a vontade de não fazer é muito maior uma pena. Só fazem isso porque não precisam, Danúbia um dia vc vai precisar quero ver o que vai acontecer nesse dia.......

Alexandre Pinheiro disse...

Oberdan - Evidente que o debate deve ser esse mesmo. Penso que quem se apegou ao caso da estudante pensou em usar a comoção como forma de colocar mais gente em passeata e manifestação. Mas acho que mérito do caso tá no fato de as autoridades terem sido forçadas a encarar as críticas.

Eduardo Ferras - A secretária deveria ter ido mesmo. Com relação aos recursos se são suficientes o debate continua. Penso que o governo do estado – que tem parte nessa história toda (e como tem) – fica de lado, precisamos envolvê-lo também!

Real Madrid Futebol Clube Chapadinha disse...

Clayton/ a saúde de chapadinha está muito ruim ñ tem medico pra atender os pacientes com doenças e manda é os estagiarios q mal terminou de fazer um curso na escola dos pais da prefeita e já são enfermeira isso é uma falta de etica com os pacientes de chapadinha cade a saúde q diz q sta tudo bom.

Darte Cleia Marinho V disse...

Discordo desse amigo ! Pois nem enfermeiros formados pode prescrever remédios muito menos os estagiários ! O médico prescreve e o tÉcnico em enfermagem faz a medicação, SEGUINDO EXATAMENTE O QUE O MÉDICO RECEITOU!