terça-feira, 13 de agosto de 2019

Política Chapadinhense: Por Quem os Sinos Dobram...



A disputa pelo cargo mais importante da nossa política paroquial já conta com pelo menos duas dezenas de sonhadores. Personalidades para todos os gostos se assanham por um lugar majoritário na urna eletrônica de 2020, mas emplacar candidatura não é pra qualquer um.

Em passo que fica mais fácil elaborar uma aposta realista olhando mais para os grupos que para postulantes individuais. Sem menosprezo a qualquer dos nomes postos – como escrevi em textos de outros idos – a tradição de Chapadinha é a da polarização entre duas candidaturas, com terceiras ou quartas vias fazendo mera figuração.

No cenário atual os grupos de Magno Bacelar e Belezinha partem na frente por razões óbvias. Magno é prefeito e possui a “caneta”, comanda uma gestão que tem trabalho para mostrar e aposta numa comparação com a antecessora. A ex-prefeita Belezinha foi a deputada estadual mais votada em 2018 e mantém seu grupo, apesar de algumas baixas. Ambos estão no páreo com nomes próprios ou apoiando terceiros cuidadosamente escolhidos.

Uma terceira candidatura viável depende de fatores mais complexos e de conjunturas mais ocasionais, indo da especialíssima habilidade de articulação ao aproveitamento de erros que os adversários não costumam cometer.

Para exemplificar as dificuldades, a viabilidade de uma terceira candidatura precisa começar pela perfeita harmonia entre caciques como Paulo Neto, Levi Pontes e Talvane Hortegal sem faltar um e ainda contar com o desapego de pré-candidatos e chefes intermediários em favor de um nome de consenso.

Justamente neste terreno da política, em que por princípio todos somam e cada voto conta, é que mantidas as condições normais, o poder cobiçado é definido pelos poucos por quem os sinos dobram.           

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