A disputa pelo cargo mais importante
da nossa política paroquial já conta com pelo menos duas dezenas de sonhadores.
Personalidades para todos os gostos se assanham por um lugar majoritário na
urna eletrônica de 2020, mas emplacar candidatura não é pra qualquer um.
Em passo que fica mais fácil elaborar
uma aposta realista olhando mais para os grupos que para postulantes individuais.
Sem menosprezo a qualquer dos nomes postos – como escrevi em textos de outros
idos – a tradição de Chapadinha é a da polarização entre duas candidaturas, com
terceiras ou quartas vias fazendo mera figuração.
No cenário atual os grupos de Magno
Bacelar e Belezinha partem na frente por razões óbvias. Magno é prefeito e
possui a “caneta”, comanda uma gestão que tem trabalho para mostrar e aposta
numa comparação com a antecessora. A ex-prefeita Belezinha foi a deputada
estadual mais votada em 2018 e mantém seu grupo, apesar de algumas baixas.
Ambos estão no páreo com nomes próprios ou apoiando terceiros cuidadosamente
escolhidos.
Uma terceira candidatura viável
depende de fatores mais complexos e de conjunturas mais ocasionais, indo da
especialíssima habilidade de articulação ao aproveitamento de erros que os adversários
não costumam cometer.
Para exemplificar as dificuldades, a
viabilidade de uma terceira candidatura precisa começar pela perfeita harmonia
entre caciques como Paulo Neto, Levi Pontes e Talvane Hortegal sem faltar um e ainda
contar com o desapego de pré-candidatos e chefes intermediários em favor de um
nome de consenso.
Justamente neste terreno da política,
em que por princípio todos somam e cada voto conta, é que mantidas as condições
normais, o poder cobiçado é definido pelos poucos por quem os sinos dobram.
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