Servidores da saúde denunciam falta
de critérios na primeira etapa da vacinação contra a covid-19 em Chapadinha. De
acordo com a denúncia pessoas do serviço burocrático da secretaria e membros de
forças tarefas sem relação com unidades de saúde estariam recebendo vacina
antes de profissionais plantonistas em Hospitais que trabalham diretamente com
pessoas infectadas.
Nas fotos retiradas de redes sociais
e enviadas ao blog por servidores que preferiram não se identificar, uma
funcionária do serviço interno da vigilância sanitária e duas pessoas da força
estadual de saúde aparecem recebendo vacina.
Os Números
No ato de recebimento das vacinas o
secretário de saúde Richard Wilker declarou que a quantidade de doses recebidas
cobririam cerca de 34% dos 1.581 funcionários do sistema de saúde, e que por
isso, somente os profissionais plantonista do HAPA, UPA e Hospital Regional
receberiam vacinas na primeira etapa.
Grave: Servidores Recusam Vacinas
Ouvida pelo blog, a responsável pela
coordenação do Plano Municipal de Imunização, a enfermeira Karol Pereira
confirmou que as pessoas das fotos de fato receberam a vacina e fez uma
revelação estarrecedora.
Segundo Karol, a vigilância sanitária
e os fiscais sanitários têm papel no combate à pandemia, o que justificaria a
vacinação da servidora e que a força estadual de saúde também trabalha no
combate à covid-19.
Mas a informação mais preocupante foi
a de que alguns servidores da saúde que atuam na linha de frente nos hospitais
estariam se recusando a receber vacinas. “Em muitas unidades os profissionais
não estão aceitando a vacina e a gente vai dar um termo de recusa pra estes servidores”,
declarou Karol Pereira, estipulando, ainda, que cerca de 70% dos profissionais
da linha de frente já teriam sido vacinados.
Na rede nacional privada de saúde os
profissionais que se recusam a receber vacina estão sendo afastados de suas
funções e alguns já passam por processo que podem levar a demissões por justa
causa, mas no setor público ainda não há consenso sobre o que fazer com os
profissionais de saúde que, sem razões clínicas ou justificativas médicas,
estão dando o péssimo exemplo de resistir a imunização.
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