Após confirmação do depósito de um
recurso extra no valor R$ 5.459.766,87 nas contas da educação de Chapadinha, ocorrido ontem, 28 de janeiro, um grupo de professores enviaram uma carta aberta à prefeita
Belezinha reivindicando o pagamento integral dos salários dos efetivos da
educação que ficaram sem receber no encerramento da gestão anterior no mês de dezembro.
“Nós enquanto Servidores da Ativa e
Aposentados da Prefeitura de Chapadinha, estamos vindo por meio deste solicitar
que com os Recurso de Complementação da União de FUNDEB referentes ao mês de
dezembro/2020 a prefeita Ducilene Pontes efetue os pagamentos atrasados
relativos ao mês de dezembro”, diz o documento.
“Não faz sentido usar recursos de
Dezembro para pagar Férias e parcela do décimo terceiro enquanto nós servidores
estamos com salários atrasados e faz menos sentido ainda a prefeita não pagar
visto que o repasse de Complementação da União já está em conta”, prosseguem os
educadores.
Ainda na carta os professores
repudiaram a atitude do governo Magno e manifestaram apoio a medidas que a
prefeita Belezinha venha a adotar contra ele. “A Campanha já acabou, tem
recursos para pagar os salários atrasados, estamos pedindo que seja pago o mês
trabalhado e o setor jurídico da Prefeitura que notifique os responsáveis pelo
não pagamento da folha e não puna os servidores que tanto precisam de seus
salários”, finaliza a nota assinada por mais de 40 educadores.
Política x Jurídico
A polêmica sobre a utilização ou não
dos 5 milhões e 400 mil para pagar ou não os salários atrasados acabou
colocando parte dos servidores contra a diretoria do Sindchap, que na avaliação
da dissidência estaria se omitindo das cobranças pelo recebimento do mês de
dezembro.
O advogado do Sindicato, André
Willame, chegou a gravar um áudio explicando as dificuldades jurídicas de uma
ação de cobrança contra a prefeitura neste momento e, mesmo tendo razão nos
argumentos, ele foi incompreendido por alguns.
Além da demora em executar e receber
o salários, que poderia levar anos, uma demanda judicial fecharia as portas
para o diálogo tornando tudo mais lento e difícil.
Só Não Paga se Não Quiser
O caminho agora é político. Sindicato
e demais servidores acertam quando deixam claro que Belezinha só não paga se não quiser, já que recebeu 5,4 milhões extra e o valor do débito de dezembro é
estimado em cerca de 3 milhões e 500 mil no máximo.
Talvez Belezinha nem perceba, mas tem
oportunidade de ouro para pagar dezembro de uma só vez, ganhando reconhecimento
e simpatia dos servidores, com bônus da propaganda de estar pagando uma conta "caloteada" pelo seu antecessor e arquirrival Magno Bacelar.
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