terça-feira, 7 de março de 2023

Escândalo Pós-Covid: Belezinha e Alberto Tentam Jogar Culpa em Servidores da Saúde


 

Lembram aquele escândalo em que Chapadinha apareceu no noticiário como campeã nacional de lançamentos de dados supostamente fraudulentos de procedimentos de pós-covid? Pois é... tem tudo para ser cobrado na conta de servidores e auxiliares subalternos da secretaria municipal de saúde.

Documentos obtidos pelo blog mostram que, em dezembro de 2022, a prefeitura abriu procedimento administrativo contra os servidores Antônio Farias Carvalho e Elizeu Silva Costa para apurar a fraude contra o SUS.

A Prefeitura Municipal de Chapadinha resolveu “instaurar processo administrativo disciplinar para apurar fatos referentes a atos ilegais ou antieconômicos praticados pelos servidores”, diz o artigo primeiro das portarias. Veja recorte abaixo. 

De acordo com os levantamentos do Ministério Público Federal e do DATASUS Chapadinha apareceu liderando inserções de dados suspeitos no sistema do Ministério da Saúde em mais de 200 mil supostos atendimentos de pós-covid em 5 meses e tendo faturado 3,9 milhões com o esquema.

“O município informou ao SUS, de janeiro a maio deste ano, sempre o mesmo total de atendimentos de reabilitação cardiorrespiratória de covid: 7.860. Esse tipo de padronização nos números, sempre múltiplos de dez, também aparece em outras cidades maranhenses”, disse matéria do OUL na época, destacando que Chapadinha tem 80 mil habitantes contra os alegados 200 mil atendimentos.

Com a Polícia Federal na cola, fica evidente a manobra da prefeitura e da secretaria de saúde em responsabilizar funcionários sem poder decisão pela fraude, mas a narrativa vai ter dificuldade para demonstrar qual o benefício dos servidores com a inserção de dados fictícios e quanto dos quase 4 milhões que entraram nos cofres do Fundo Municipal de Saúde, por conta das inserções, teriam parado nas contas dos servidores.

Recorte das Portarias, Clique em Cima pra Ampliar

A secretaria de comunicação da prefeitura não responde aos nossos pedidos de pronunciamento. Mandamos reiteradas mensagens ao secretário Alberto Carlos pedindo o contato dos servidores e posição sobre o caso, não obtivemos resposta. Tentamos contato com os servidores citados, não tivemos sucesso, mas continuamos abertos e interessados em ouvi-los.  


No fim, ao se apressarem para responsabilizar terceiros, a prefeita Belezinha e secretário de saúde Alberto Carlos acabaram admitindo, de forma oficial, o que já era inegável pelo conjunto dos fatos.       

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