sábado, 11 de dezembro de 2010

Após Anúncio de Obra, Oposição Convoca Protesto Para Segunda-Feira

Logo após a prefeita Danúbia anunciar o início da fase final da obra da Avenida Ataliba Almeida, a oposição articula o movimento de protesto contra o que chama de “calamidade pública vivida em Chapadinha”.

O blog noticiou as obras da Avenida (veja matéria abaixo, postada às 15:20, de quinta-feira) e a prefeita concedeu, na mesma tarde, uma entrevista ao repórter Jota Coutinho basicamente o mesmo teor do que havia dito ao blog.

Momentos depois da entrevista, a Rádio Mirante recebia de pessoas ligadas a empresária Dulcilene Pontes, a Belezinha, pré-candidata a prefeita, um spot de áudio (comercial), que seria pago pela mesma, convocando a população em nome de entidades para um protesto que deverá iniciar às 15 horas desta segunda-feira, em frente ao posto Pinheirão e terminar na Praça Coronel Luis Vieira ás 17h, nas proximidades da Câmara Municipal.

A chamada não esclarece quais entidades, partidos e maçonarias estariam puxando o movimento cujo enceramento deve coincidir com a sessão de escolha da nova mesa diretora da Câmara.

A mobilização para o protesto repete o modus operandi, de outra manifestação ocorrida em janeiro e que tinha a mesma via pública como pretexto (foto acima, releia o que falamos na época aqui e aqui). Assim como agora, em janeiro já se sabia que a Avenida passaria por melhorias e tentou-se jogar para a população a obra como fruto de pressão e do trabalho da oposição. Na época a agitação reuniu algumas dezenas de carros e motos de pessoas conhecidas da vida política partidária, o grosso da população não tomou parte e nenhum incidente foi registrado.

Agora um ingrediente novo é adicionado: a votação da presidência do poder legislativo, que deverá ocorrer no exato momento e no mesmo local do encerramento do protesto. Vereadores estariam preocupados com a possibilidade de haver tumulto durante a sessão e partidários do governo, acusando o cunho eleitoral do movimento, estariam prometendo reagir.

De tudo isso, o certo é que o governo Danúbia se ressente da falta de diálogo com os setores organizados da sociedade, o que é inadmissível numa cidade de 73 mil habitantes e pode gerar incidentes como este. Já os partidos e as entidades representativas têm todo o direito de protestar, mas devem esclarecer a população (quanto às entidades envolvidas, motivos e reivindicações) antes de mobilizar e, o mais importante, escolher datas e locais com segurança e responsabilidade.

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