“As cadeiras d'ersta comarca achão-se
actualmente providas em pessoas que tem a necessaria capacidade para ensinar a
mocidade; alguns dos professores cumprem bem com as obrigações dos seus
empregos; outros, porém, firmes no erroneo systema de que huma vez providos
pódem a asalvo menoscabar das leis, e do juramento por elles prestado, nenhum
cuidado empregão[empregam] em ensinar a mocidade, que depois de muitos
annos de escola sahem peiores do que entrarão [entraram] para as aaulas, pois
nellas vão aprender máos costumes, e vicios, que não levarão [levaram] da casa
de seus paes; e se alguem ha que censure tal conducta aos professores,
RESPONDEM QUE NA SUA SALA NÃO HÁ SENÃO MENINOS POBRES, E QUE SEUS FINS HE[é] SEREM SAPATEIROS, PESCADORES, ETC., como se a nação não tivesse
interesse, que esses mesmo sapateiros e pescadores fossem homens bem
morigerados;(...)” (*)
* FALLA que dirigio a Assemblea Legislativa
Provincial de Sergipe na Abertura de sua Sessão Ordinária no 1º de março de
1850, o Exm. Snr. Presidente da Província, Dr Amancio João Pereira de Andrade.
Sergipe, Typographia Provincial. 1850, no Largo do palácio. Administrador J. J.
da Silva Braga.
Comento
Lendo
esse texto antiquíssimo reforço uma opinião que trago comigo faz tempo: educação
não é pra tirar diploma, é pra fazer pensar doutores, sapateiros, pescadores...
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