Por: Valter Ferreira
Ao lermos tal título você pode se questionar se retrocedemos a
ausência de censura pública no Brasil durante a redemocratização em 1985, período
este em que o militarismo e a censura imperavam no Brasil. Não caros leitores,
estamos em pleno século XXI, vivendo em uma democracia no apogeu da era
digital, mas práticas como estas ainda prevalecem entre pessoas com uma certa
representatividade dentro de grupos políticos, pessoas estas autodenominadas de
“articuladores políticos”.
Todos sabemos da revolução digital e informacional que a internet e as redes sociais proporcionaram em todo o mundo, com isso veio a propagação em massa de pensamentos de integrantes movimentos sociais e políticos. Nosso município não foge de tal realidade, visto que é essa propagação em alta velocidade das informações e pensamentos, Fez com que eu me tornasse alvo de tais práticas. Fui convidado pra uma conversa com um tal “articulador político governista”, a motivação de tal convite se deu por conta das diversas postagens que fiz onde apontava possíveis falhas da atual administração em volvendo a instituição que integro.
O senhor articulador achando que possuía um álibi contra minha pessoa, não fez cerimônia, acompanhado de seu vereador tira colo, foi logo botando as cartas na mesa, “o negócio é um seguinte, você para com essas postagens que estão afetando a imagem da nossa administração e não abrimos um processo administrativo contra você” o mesmo falou ainda que tinha três testemunhas as quais presenciaram eu entrando na secretaria de obras fardado pedindo informações e questionando a conclusão de alguns serviços no prédio da instituição a qual faço parte pela referida secretaria e que me daria um tempo pra pensar.
Pois bem, após refletir sobre tal proposta “tentadora”, venho a público dar minha resposta. Antes de mais nada, o tal articulador deveria se inteirar mais sobre: a lei de informação, qual a finalidade e as pessoas competentes para a aplicação do P.A.D.(Processo administrativo Disciplinar), bem como saber que as secretarias são órgãos públicos municipais, onde qualquer um do povo pode ter acesso, mesmo que estas muitas vezes sejam utilizadas como moeda de troca na negociata eleitoral, o que não a faz sua propriedade particular.
Não sou dono da verdade, contudo caros leitores, é notório que escândalos após escândalos vêm causando apatia e descrédito da população nesta instituição pública majoritária do nosso município que é a prefeitura. Como diria Mário de Andrade Macieira advogado e presidente da OAB-MA “A apatia gera o abstencionismo político, o afastamento da cidadania e o seu alheamento, o descrédito gera desesperança e mais grave que isso, o sentimento de que a política se confunde com a corrupção e nesse mercado, o voto e a consciência tornam-se apenas mais uma mercadoria, a ser vendida, trocada, comprada”.
Diferente de um certo blogueiro local que após ser submetido às mesmas práticas por um parlamentar, migrou por livre e espontânea pressão, das repercutidas postagens sobre as divergências políticas entre oposição e situação e avaliação da conduta moral de nossos parlamentares para anúncios de programação acadêmica e eventos culturais e no ritmo da carruagem, brevemente poderemos estar lendo uma deliciosa receita de bolo em seu blog.
Continuarei publicando meus textos nas redes sociais “doa a quem doer” e não me submeterei a tais “acordos”, visto que a credibilidade de minhas palavras não será abalada por uma amordaça fruto de uma chantagem barata e mal articulada.
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