Especialista Rosangela Curado |
A audiência
pública realizada ontem na Câmara Municipal teve duração de mais de três horas,
contou com a participação de representantes de entidades e abordou diversos
assuntos relacionados ao Sistema Único de Saúde, com destaque para a opinião da
especialista Rosangela Curado de que em função da população de cidade e região,
Chapadinha deveria ter entre 130 e 150 leitos e não apenas os 44 que conta
atualmente.
O ponto
alto da audiência foi o debate que teve a participação do público. O Blog faz um
resumo do que de mais importante aconteceu.
Médicos
Cubanos
O vereador
Eduardo Braga (PT) perguntou o que Levi Pontes e Rosangela Curado achavam da
vinda de médicos cubanos para o Brasil. Levi mostrou-se contrário à ideia
ressaltando que não existe falta de médicos no País e que o problema era a má
distribuição de profissionais no território nacional. Já a ex-secretária de
saúde de Imperatriz se disse favorável, pois o sistema de Cuba privilegia a saúde
preventiva, setor que o Brasil tem dificuldade de conseguir médicos.
Corrupção
O
blogueiro Enedilson Santos fez referência a denúncias de desvios de recursos na
gestão anterior e criticou a superlotação do HAPA. Para o comunicador a gestão
anterior seria um câncer que fora extirpado pelo processo eleitoral, mas que no
atual momento a saúde de Chapadinha estaria na UTI, devido à concentração do
atendimento em um único hospital.
Secretário
Ausente
O
vereador Manim Lopes (PT) lamentou a falta de liberdade e apoio para o conselho
de saúde e indagou à mesa se estaria de acordo com as diretrizes, o secretário
passar três dias na semana desempenhando outras funções em São Luís. Rosangela
disse que se o secretário tivesse uma equipe técnica eficiente se poderia assim
fazer. Levi Pontes e Chico da Cohab lembraram que existem leis e portarias do
SUS determinando que o gestor de saúde deve ter dedicação exclusiva.
Pouco
Tempo e Desvios do Passado
Em sua
fala o vereador Marcelo Manezes (PRP) voltou a citar denúncias contra a gestão
anterior, declarou que agora não faltam remédios, médicos e que os pacientes
contam com alimentação que antes não havia. Marcelo reiterou que em 5 meses não
se poderia resolver tudo.
Mortes
Nas perguntas
alguns casos específicos de óbitos foram apontados como consequência da deficiência
da saúde. O médico Levi Pontes disse que não se deve particularizar ou
responsabilizar ninguém porque o debate que se trava seria pela qualidade do
serviço como um todo, mas a falta de preparo das equipes e a precariedade da
estrutura atual configurariam, de fato, riscos para a população.
150
Leitos
Sobre
a polêmica da redução de leitos a especialista Rosangela Curado foi taxativa em
calcular que pelo tamanho da população a rede de atendimento de Chapadinha
deveria ter entre 130 e 150 vagas e que a gestão deveria se mobilizar para ampliar
os 44 leitos atuais, sob pena, inclusive – além dos riscos aos pacientes e da
perda de qualidade no atendimento - de Chapadinha perder recursos federais.
Participação do Público |
Nenhum comentário:
Postar um comentário