Por:
Anaximandro Cavalcanti – Psicólogo
Muitos
vêem o político como um neurótico se apoderando do poder mediante corrupção, visando
tão somente o prazer individual. A política ocupando todos os espaços de sua mente.
Que pensa de forma reducionista, vendo o eleitor apenas como moeda de troca.
Estive
acompanhando algumas sessões na Câmara Municipal e ao que me parece, seu maior
problema é seu complexo de inferioridade, haja vista os ataques como formação
reativa, uma disputa ritualizada, e a insistência em apregoar uma suposta
ruptura no governo, como um buraco na fechadura de onde algo nefasto escapa do
inferno para a terra.
Infelizmente
alguns usam da tribuna como local simbólico de poder e gozo, servindo de
aferição para seus desejos reprimidos de: ambição, poder, exclusão e privação,
competição, fuga da realidade, machismo, compensação do complexo de
inferioridade ou desejo de superioridade, desespero por um hiato na historia de
nosso município, onde podem desfilar toda sua virilidade desferindo golpes
cegos como Dom Quixote a um dinossauro político. Seria interessante se todos
pensassem profundamente, e deixassem a inveja de lado, e fizessem uma reflexão
sobre o que a cidade está ganhando com essa guerra de egos feridos, isso
certamente geraria um melhor entendimento entre as partes. Todos sabemos dos
problemas na saúde, educação, trânsito, comércio e passantes que pedem emprego.
Não é de hoje que esses males nos afligem, mas essa discussão sobre quem fala
mais *¨!@++## não nos leva a lugar algum!
No
passado assim como hoje floresceram novas esperanças, o governo atual assim
como o do passado parece não poder dar solução, acredito que todos tentaram, de
Pontes a Ducilene. Chaplin em seu “O Ultimo Discurso” fala que o poder que se
arrebata há de retornar ao povo. E assim como ele fala à sua amada Hannah,
também fala a todos nós... levanta os olhos! Vês, Hannah? O sol vai rompendo as
nuvens que se dispersam! Estamos saindo da treva para a luz! Vamos entrando num
mundo novo - um mundo melhor, em que os homens estarão acima da cobiça, do ódio
e da brutalidade. Ingênuo Chaplin, a 73 anos proferiu esse discurso, e o sol
ainda esta por romper as nuvens.
Mas
quando formos à Câmara Municipal não esqueçamos da importância da Democracia, e
não deixemos que esse sentimento de mudança não pereça, mesmo que eles tenham sido
tentados pelo poder pervertido que corrompe. Quando nos lembramos de 2012,
certamente nos virá à nostalgia e até a ingenuidade de nosso desejo de mudança.
Se voltarmos nossos olhos para o presente, nos sentiremos como aqueles senhores
moradores da cidade de Woldercan de “As Sete faces do Dr. Ló”.
Temos
de ser justos com a Câmara, alguns realmente levantaram e ainda se mantém numa
posição firme de mudança, mesmo que alguns se enamorem da política sádica, se mostrando insensíveis,
perdulários, clientelistas e sedutores, com finalidade apenas de ganho próprio.
Esses
15 nobres senhores representam o nosso íntimo, o que há de mais nobre e
verdadeiro, falso e enganoso, são reflexo de nós mesmos, fomos nós que nos
identificarmos com eles, culpá-los, ou criticá-los é o mesmo que negar nossa
consciência. Não nego a missão Herculana, sobretudo os da situação, vejo-os
como as Cariátides de Erectéion, a pergunta que faço é: Irão suportar tal pressão,
ou sucumbirão e perderam a razão que já levou muitos ao esconderijo do
esquecimento popular? Aliás, mudança por enquanto, só para aqueles que advogam
o contrário, o anti-governo, sendo que a oposição assim como a situação está
totalmente congelada, em estado de animação suspensa como ”Steve Rogers”,
embora a promessa da mudança, desenvolvimento e transparência jamais cesse.
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