segunda-feira, 25 de novembro de 2013

O Grito

Por: Anaximandro Cavalcanti – Psicólogo

Quinta feira 21 de novembro de 2013 ficará marcada na historia política de Chapadinha pela luta de seis indivíduos contra os contínuos desagravos cometidos pela classe politiqueira, que supostamente nos representa.

Quéops, carro do lixo, peixe podre, 38 mil vassouras, e para completar, a diminuição no numero de vagas em concurso; essa serie de espoliações contra os cidadãos chapadinhenses ocasionou em meia dúzia de revoltosos um ímpeto de indignação contra os rumos da politica local.

Talvez a casta política ligada ao governo não acreditasse na possibilidade de revolta em meia dúzia. Todavia, nossa sociedade, tão idiotizada pelos vereadores de situação se torna consciente do seu poder singular perante os ditames do poder executivo, se sente na obrigação de lutar contra essas determinações alienantes, e se une em prol da afirmação dos seus direitos políticos perante uma realidade social que se caracteriza justamente pelo vazio do espectro político local.

Os chapadinhenses testemunham a crise da base aliada em um momento histórico no qual os vereadores se afastaram das suas propostas fundamentais, dissolvendo-se em uma massa informe regida pelas negociatas e desejos de manutenção do poder acima de tudo.
Nossos nobres vereadores, apenas referendam a opressão do executivo sobre aqueles que contestam as suas arbitrariedades legitimadas. Em vez de promover a cidadania, o autoritarismo fascista do poder executivo triunfa sobre os sonhos da juventude estudante que ali se fez presente, impondo dor e humilhação para todos aqueles que estão desamparados politicamente perante a arbitrariedade do poder estabelecido em conluio com os foragidos dos eleitores. Mas essa “derrota” imposta pelo executivo repressor sobre as aspirações da juventude será conquistada pela voz da esperança que já começa a ecoar nesses grupos que emergem de todos os lados, visando fazer seus direitos desapropriados paulatinamente pelos espoliadores chancelados pelo poder do executivo. Seja daqui para a próxima semana seja daqui até a próxima eleição.

Para os vereadores da base governista, na hipocrisia de sua “generosidade”, são sempre os oprimidos, que eles jamais obviamente chamam de oprimidos, mas de “essa gente” ou de “meia dúzia”, são sempre os oprimidos os que bagunçam a Câmara. São sempre eles os “malvados” quando reagem à violência do executivo.


Gostaria de encerrar com uma frase de Henry David Thoreau, “todos os homens reconhecem o direito de revolução: isto é, o direito de recusar obediência ao governo, e de resistir a ele, quando sua tirania ou sua ineficiência são grandes e intoleráveis [...] Em um governo que aprisiona qualquer um injustamente, o verdadeiro lugar para um homem justo é também a prisão”.

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