Por: Anaximandro
Cavalcanti – Psicólogo
Quinta feira 21
de novembro de 2013 ficará marcada na historia política de Chapadinha pela luta
de seis indivíduos contra os contínuos desagravos cometidos pela classe
politiqueira, que supostamente nos representa.
Quéops, carro do lixo, peixe podre, 38 mil vassouras, e para
completar, a diminuição no numero de vagas em concurso; essa serie de
espoliações contra os cidadãos chapadinhenses ocasionou em meia dúzia de
revoltosos um ímpeto de indignação contra os rumos da politica local.
Talvez a casta política ligada ao governo não acreditasse na
possibilidade de revolta em meia dúzia. Todavia, nossa sociedade, tão
idiotizada pelos vereadores de situação se torna consciente do seu poder
singular perante os ditames do poder executivo, se sente na obrigação de lutar
contra essas determinações alienantes, e se une em prol da afirmação dos seus
direitos políticos perante uma realidade social que se caracteriza justamente
pelo vazio do espectro político local.
Os chapadinhenses testemunham a crise da base aliada em um momento
histórico no qual os vereadores se afastaram das suas propostas fundamentais,
dissolvendo-se em uma massa informe regida pelas negociatas e desejos de
manutenção do poder acima de tudo.
Nossos nobres vereadores, apenas referendam a opressão do
executivo sobre aqueles que contestam as suas arbitrariedades legitimadas. Em
vez de promover a cidadania, o autoritarismo fascista do poder executivo
triunfa sobre os sonhos da juventude estudante que ali se fez presente, impondo
dor e humilhação para todos aqueles que estão desamparados politicamente
perante a arbitrariedade do poder estabelecido em conluio com os foragidos dos
eleitores. Mas essa “derrota” imposta pelo executivo repressor sobre as
aspirações da juventude será conquistada pela voz da esperança que já começa a
ecoar nesses grupos que emergem de todos os lados, visando fazer seus direitos
desapropriados paulatinamente pelos espoliadores chancelados pelo poder do
executivo. Seja daqui para a próxima semana seja daqui até a próxima eleição.
Para os vereadores da base governista, na hipocrisia de sua
“generosidade”, são sempre os oprimidos, que eles jamais obviamente chamam de
oprimidos, mas de “essa gente” ou de “meia dúzia”, são sempre os oprimidos os
que bagunçam a Câmara. São sempre eles os “malvados” quando reagem à violência
do executivo.
Gostaria de encerrar com uma frase de Henry David Thoreau, “todos
os homens reconhecem o direito de revolução: isto é, o direito de recusar
obediência ao governo, e de resistir a ele, quando sua tirania ou sua
ineficiência são grandes e intoleráveis [...] Em um governo que aprisiona
qualquer um injustamente, o verdadeiro lugar para um homem justo é também a
prisão”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário