De cima do Abrigo Central meu pai
discursou, assim como fizeram todos os políticos de sua época, incluindo os
adversários; ao redor do Abrigo brinquei com meus amigos em tempos de muitos
banhos de chuva, correria, cirandas e nenhum celular ou vídeo game; naquela
mesma velha praça, nos mesmos bancos, nos mesmos jardins, o romantismo aflorou
em mim e em minha geração...
Fazendo um esforço para que meu
sentimento com relação ao local e suas memórias não se exagerem,
compreendo quem não dá a mesma importância ao velho coreto. Mas humildemente suplico para
que não deixem que a indiferença descaracterize ou destrua nosso único prédio que
vem desde à década de 1940 com suas características preservadas.
Muito além de tradicionalismos lembro
que preservar prédios históricos tem sua lógica justificada até por questões
econômicas. Para tanto, é só lembrar dos casarões de São Luís e da revitalização
do acervo da Balaiada em Caxias, para dar exemplo mais próximos.
Nossa Chapadinha é uma cidade que
breve chegará a 100 mil habitantes e essa cidade será melhor quanto mais
moderna for sem atropelar sua memória e seus primeiros moradores. Desejo de
coração que a partir da preservação do Abrigo nosso hino se cumpra: “Chapadinha,
teu presente ao Progresso Caminha, teu Futuro Glorioso Será! (Mas) teu Passado
entre nós Viverá!,”
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