Pela gravidade e impacto da denúncia
e com o crescente interesse público com o tema do escândalo do pós-covid, a CPI
do Fantástico que pode aprofundar as investigações é alvo de ferrenha luta política,
de manobras legislativas e tentativas de desvio de foco.
O acompanhamento do tema pelo povo e a
possibilidade de um revés jurídico, tiraram – ao menos por enquanto – a possibilidade
do rápido arquivamento do requerimento de instalação da CPI do Fantástico. É diante
de tal quadro que entra a proposta de unificação de duas CPI’S: uma manobra para
ampliar as investigações no tempo e misturar assuntos de modo a não investigar
nada.
Num segundo ato vem a tentativa de
dividir o noticiário para distrair a opinião pública. Eis que entra em cena
denúncias requentadas manejadas pela mídia estadual como a denúncia contra o
ex-vice-prefeito Talvane Hortegal sobre suposto peculato em recebimento de
salários.
A trama fica mais perigosa (e com
ajuda da oposição) com a baixaria geral
que tomou conta do debate na Câmara. Vereadoras de um lado e de outro abandonam
o decoro e a posição de senhoras respeitadas para trocarem insultos e avançarem
na vida particular umas das outras.
A manobra de unificação forçada não
tem qualquer amparo no regimento, os argumentos políticos são risíveis e se
levada a diante a possibilidade de cancelamento judicial é gigante. Já o
reaquecimento de denúncias contra a gestão anterior se mostra incapaz de abafar a repercussão nacional viva da matéria atualíssima do Fantástico.
Resta ao governo Belezinha apostar nos
discursos baixos, com muitas futricas entre vereadoras, com excessiva exposição
de intimidades. Isso tem sim certo apelo popular. Se a oposição quiser mesmo ajudar
a reduzir o maior escândalo de corrupção de Chapadinha em lavagem de roupa suja
é só continuar respondendo à líder Niltinha Teles no mesmo nível.
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