quinta-feira, 28 de março de 2013

Senhora Chapadinha



Como quem seguidamente acorda procurando uma velha casa esvaída no tempo, busco em vão a antiga escola da formação ginasial e me apanho torcendo por time que não há mais. De suas soleiras, fitando o sobrado, meu bisavô orientava a hora de almoço, no tergal azul da farda da memória e no último gol perdido do extinto amado alvinegro, o passado de minha província me acompanha e me diz quem sou.

Hoje os ares do progresso proclamam: chega de saudade! A esperança é cosmopolita e pujante o projeto de futuro. Mas o desafio é avançar sem esquecer alguma coisa pura ou ingênua que restou em nós.

As homenagens de hoje recaem sobre um povo inteiro, fundamentalmente para honrar o sacrifício dos mortos e exaltar a luta aguerrida e otimista dos que vivem.

O sonho de uma cidade melhor nos faz avançar dez passos apenas para que reconheçamos que muitos outros dez mil passos, talvez, se farão necessários.

Querendo acertar muitas vezes erramos.

Contudo a jornada teima em apontar o horizonte como meta e na incerteza de onde vai chegar, o chapadinhense é um ser feliz em caminhar.

Parabéns Senhora Chapadinha! 

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