Como
quem seguidamente acorda procurando uma velha casa esvaída no tempo, busco em
vão a antiga escola da formação ginasial e me apanho torcendo por time que não
há mais. De suas soleiras, fitando o sobrado, meu bisavô orientava a hora de
almoço, no tergal azul da farda da memória e no último gol perdido do extinto amado
alvinegro, o passado de minha província me acompanha e me diz quem sou.
Hoje
os ares do progresso proclamam: chega de saudade! A esperança é cosmopolita e pujante
o projeto de futuro. Mas o desafio é avançar sem esquecer alguma coisa pura ou ingênua que restou em nós.
As
homenagens de hoje recaem sobre um povo inteiro, fundamentalmente para honrar o
sacrifício dos mortos e exaltar a luta aguerrida e otimista dos que vivem.
O
sonho de uma cidade melhor nos faz avançar dez passos apenas para que
reconheçamos que muitos outros dez mil passos, talvez, se farão necessários.
Querendo
acertar muitas vezes erramos.
Contudo
a jornada teima em apontar o horizonte como meta e na incerteza de onde vai
chegar, o chapadinhense é um ser feliz em caminhar.
Parabéns
Senhora Chapadinha!
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