Pela entrevista da empresária Raquel
Bacelar e da diretora Aline Almeida ficou evidente que os implicados no caso estariam
em busca de bodes expiatórios e escolheram três diretoras como alvos de pressão, a procura de quem teria vazado as informações obtidas pelo blog, que levantaram
suspeitas de superfaturamento e repercutiram ao ponto de os vereadores – por unanimidade
– convidarem a secretária Maria Coelho e a coordenadora do Programa Mais
Educação para prestar esclarecimentos à Câmara Municipal no próximo dia 22.
Segundo relataram a diretora Aline e
a empresária Raquel as três diretoras se tornaram suspeitas porque uma queria
comprar da loja de um parente, outra seria ligada politicamente ao ex-prefeito
Isaías e uma terceira teve a coragem de ligar para a loja Exclusiva reclamando
dos preços exorbitantes.
Há notícia inclusive de que a gestão
municipal estaria induzindo diretoras a me cobrar pela via judicial a delação de
quem me forneceu os documentos e fotos, que a própria dona da Exclusiva atestou
como sendo verdadeiros e corretos.
As pessoas e autoridades que se
lançaram nesta verdadeira "caça às bruxas" precisam atentar para algumas coisas óbvias – além do fato de poder errar o alvo – conforme destaco abaixo.
Sigilo da Fonte Garantia
Constitucional
A imprensa tem no texto constitucional
ampla garantia do sigilo da fonte, no artigo 5º, inciso 16 e nos seguintes
termos: “É assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da
fonte, quando necessário ao exercício profissional“. Mesmo se este amparo não
tivesse, preferiria ir preso a revelar alguém que me confiou informação pública,
importante e verdadeira. Portanto, o titular deste blog não entrega fonte e
ponto final!
Informações Públicas
Uma vez confirmada a veracidade dos
dados apresentados na matéria (que repito, confirmação feita pela própria dona
da loja, em entrevista na Rádio Mirante que tenho gravada e que será disponibilizada na
internet) a busca por responsáveis pelo vazamento só representaria perseguição
contra quem nada de errado fez e equivale a uma confissão de culpa, já que as
contas do programa deveriam ser públicas.
Mexendo no Vespeiro
A pressão em cima dos gestores das
caixas escolares é antes de tudo uma tremenda falta de inteligência, pois,
ficou claro que qualquer um deles têm provas de sobra para expor ainda mais o
maus feitos do Mais Educação e aquele que for perseguido pode trazer muito mais
elementos a esta polêmica que segue alimentada pelo desespero de quem foi apanhado em
irregularidades sucessivas que produziram um escândalo que parece não ter limites.
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